Hora de monitorar lagarta-do-cartucho do milho, alerta Embrapa

A Embrapa Milho e Sorgo divulgou comunicado alertando para a necessidade de monitorar a lagarta-do-cartucho do milho (Spodoptera frugiperda) – principal praga da fase vegetativa desta primeira safra. “Para não comprometer a produtividade é preciso monitorar, para a correta tomada de decisão”, alerta a pesquisadora da entidade Simone Martins Mendes.

De acordo com a especialista, o cereal transgênico com evento inseticida “não retira do produtor a tarefa de manter o monitoramento de pragas, sobretudo em função da quebra de resistência ou redução da eficiência do milho Bt sobre a lagarta-do-cartucho, o que já é realidade nas principais regiões produtoras de milho do país. Neste cenário, é fundamental manter a vigilância e o monitoramento nas lavouras”, explica.

A Embrapa recomenda duas formas de monitoramento: o uso de armadilhas de feromônio e a própria presença no campo. “No primeiro caso, a armadilha contém um dispositivo que exala o ‘cheiro’ da mariposa fêmea da lagarta-do-cartucho para atrair o macho. Nesse caso, é preciso verificar as armadilhas com frequência, e, quando for observada a captura de três mariposas, é o sinal de que o nível crítico de infestação foi atingido. Aí o produtor precisa levar em consideração quais são as medidas de manejo a serem adotadas. Uma armadilha pode monitorar em torno de cinco hectares”, orienta Simone.

Uma das soluções mais utilizadas para o monitoramento de mariposas é o Kit Lurex, da Isca Tecnologias. Tratas-se de um conjunto de armadilhas e atrativos para monitoramento de mariposas da família de Noctuideos – Helicoverpa, Heliothis, Spodoptera, Pseudoplusia e Plusia, entre outras. Com a inspeção periódica das armadilhas é possível verificar a variação da população da praga, determinando assim o inseticida mais efetivo.

Em termos de atrativos alimentares para mariposas, o destaque é para o Noctovi, que é composto por oleoresinas e açúcares. As oleoresinas liberam voláteis que atraem as mariposas de grandes distâncias e os açúcares estimulam as mariposas a se alimentarem. O Noctovi já provou ser eficiente no Brasil e em outras partes do mundo para controlar Helicoverpa sp., Heliothis sp. – H. armigera, H. punctigera, H. virescens e H. zea, Pseudoplusia includens, Spodoptera sp. – S. frugiperda, S. exigua, S. littoralis, S. litura, S. eridania, Autographa gamma, Plusia chalcites e Trichoplusia ni.

 

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Autor: Leonardo Gottems