Paraíso das Águas é o município brasileiro com menos pontos de acesso a internet mantidos pelas grandes empresas de telefonia. Conforme levantamento do Portal G1, a cidade sul-mato-grossense conta com apenas uma porta mantida via satélite pela BT Brasil, embora os habitantes tenham acesso à banda larga por um provedor regional.
A Infonet pertence a um dos habitantes da cidade e tem se tornado bastante popular na cidade. De tão pequena, ela não aparece nos registros oficiais da Anatel (Agência Nacional de Telefonia), mas é a solução para que a população local se mantenha conectada.
O superintendente de competição do órgão, Carlos Baigorri, disse ao G1 que embora a banda larga esteja concentrada em poucas cidades, houve aumento da oferta por meio de empresas como essa, que geralmente nascem como lan houses e depois se tornam provedores. Dentre os 721 mil novos acessos criados em 2016 até setembro, 56% partiram dos pequenos negócios do ramo.
Esse crescimento foi motivado pela desburocratização das normas para abertura desse tipo de negócio, quando o preço da licença para atuar com banda larga caiu de R$ 9 mil para R$ 400.
Realidades opostas – Com base em dados fornecidos pela Anatel, a reportagem do G1 chegou à conclusão de que no país existem 26,6 milhões de pontos de acesso à internet e metade está concentrada em algumas capitais e grandes centros.
Dessa forma, Mato Grosso do Sul concentra esse contraste com relação aos acessos, já que Campo Grande está na lista de municípios com número considerável de acessos fixos, embora não esteja no topo do ranking encabeçado por São Paulo, com 3.275.823 pontos de acesso. A reportagem não menciona quantos acessos a Capital tem.
A má distribuição, conforme Baigorri, decorre da competição entre as empresas, que se instalam onde há mais opções de mercado.
Uma mudança na legislação pretende mudar esse cenário. O texto já foi aprovado pelo Senado e deve seguir para sanção do presidente Michel Temer (PMDB). Uma vez validado ele acabará com o regime público de telefonia fixa e as empresas que migrarem para o regime privado terão reforço em caixa ao fim do contrato em 2025 para investir em banda larga.
Campo Grande News