Foram confirmados os quatro primeiros focos de ferrugem asiática em lavouras comerciais em Mato Grosso do Sul. O primeiro foi registrado em Amambai, a 360 km de Campo Grande, e outros três em Dourados, a 233 km da Capital.
De acordo com o pesquisador José Fernando J. Grigolli, da Fundação MS, que fica em Maracaju, o primeiro caso da doença que prejudica a produtividade foi confirmado em uma lavoura na região de fronteira com o Paraguai, onde a soja foi semeada em grandes áreas logo após o final do vazio sanitário e o regime de chuvas foi regular.
Conforme o site do Consórcio Antiferrugem, historicamente a região de Amambai apresenta ocorrência da doença e os produtores devem se atentar para intensificar o monitoramento ou proteger as lavouras, dependendo do estádio fenológico.
“Por enquanto a doença está sob controle, mas as ações de manejo devem ser realizadas para evitar maiores problemas”, afirmou Grigolli ao site.
Além do monitoramento constante, o pesquisador orienta o produtor a aplicar fungicidas de forma preventiva. “A ferrugem é uma doença muito agressiva e pode causar perdas muito significativas na produtividade. Com o desenvolvimento das lavouras, a tendência é aumentar a pressão da doença”.
A doença – Causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizie, a ferrugem asiática é uma das doenças de maior importância da cultura da soja na atualidade pelo grande potencial de perda na produtividade. de acordo com o site Agrolink, foi relatada pela primeira vez no Japão em 1903. Posteriormente foi constatada em outros países da Ásia e na Austrália em 1934.
Na América do Sul a doença surgiu em 2001, infectando lavouras no Paraguai e no ano seguinte na Argentina. No Brasil foi encontrada no final da safra de 2000/2001, no Paraná. Na safra seguinte já estava presente em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, todos os Estados que possuem cultivo de soja, com exceção de Roraima, já foram atingidos pela doença, presente em uma área de 22 milhões de hectares.
Campo Grande News – Imagem ilustrativa