O Projeto de Lei (PL) 863/2015, que trata o aumento da carga tributária de setores que recolhiam taxas no regime especial de tributação e que deverá ser votado ainda nesta semana, poderá elevar o índice de desemprego nas empresas de Mato Grosso do Sul. Caso o PL seja aprovado, as empresas que atualmente pagam alíquota de 1% de contribuição previdenciária sobre a receita bruta ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) passarão a pagar 2,5%, e setores que hoje pagam alíquota de 2% passarão a contribuir com 4,5%.
De acordo com o primeiro-secretário da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), Roberto Oshiro, o projeto provocará num momento inoportuno, maior oneração da folha de pagamento. “Um aumento tributário generalizado poderá gerar desemprego, aumento de preços ao consumidor e fechamento de centenas de empresas de nosso Estado, as quais já enfrentam dificuldades econômicas”, alerta.
Oshiro afirma, também, que a aprovação do projeto elevará os custos para contratação de mão de obra, aprofundando ainda mais a crise no setor produtivo. “Onerar ainda mais o custo de contratação de mão de obra fará com que as empresas demitam mais. Os trabalhadores estão preocupados com o emprego, e não é o momento para criar ônus para sua manutenção. O que se deve criar são condições e ambiente econômico, para estimular o emprego e não criar condições de dificuldade para quem gera oportunidades de trabalho”, analisa.
Correio do Estado e Agências