O tráfego intenso e sem fiscalização de veículos de grande porte, que fazem o transporte de produtos agropecuários nas rodovias estaduais de Mato Grosso do Sul, agravam a precariedade da malha rodoviária já bastante prejudicada devido a má qualidade do asfalto além das chuvas que ocorrem nesta época do ano.
Ao longo dos 15,3 mil quilômetros de estradas (não pavimentadas) e rodovias (pavimentadas) nenhuma balança está em operação no Estado, de acordo com informações da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul). Sem controle dos órgãos de fiscalização, caminhões, carretas, bitrem e rodotrem carregados principalmente de cana-de-acúçar, soja e outros produtos, transitam livremente com excesso de peso. “Eu estou levendo 80 toneladas, com o peso do veículo chega a 120 toneladas. É muito peso”, afirma o condutor de um veículo de transporte de cana, cuja a colheita deve terminar no fim de dezembro, que pediu para não ter o nome divulgado.
O representante do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Cargas do Estado (Sindcargas-MS), Elton Celin, confirma que o excesso de peso nos veículos de carga é frequente e responsabiliza as empresas do setor.
Correio do Estado