Combustível, Gás de Cozinha, Multas de Trânsitos e Energia Elétrica estão mais caras a partir de hoje

O mês de novembro iniciou nesta terça-feira e será um mês difícil para a população, pois houve vários reajustes de preços que iniciam nesta terça-feira (01), como combustível, multas de transito, gás de cozinha e energia elétrica.

COMBUSTÍVEL

O anúncio da Petrobras de que o preço dos combustíveis ficaria mais barato não chegou até o consumidor. Pelo contrário, a partir de amanhã a gasolina e o diesel vão custar mais nas bombas de Mato Grosso do Sul, isso porque o governo federal atualizou o preço nas distribuidoras.
Passa a valer amanhã (1°), os novos preços estabelecidos pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) o que na pratica, significa aumento de R$ 0,03 na gasolina, de R$ 0,05 no diesel e de R$ 0,13 no etanol.

De acordo com o ato Cotepe publicado no último dia 24, o preço médio da gasolina comum em MS que atualmente é de R$ 3,5533 passará para R$ 3,5908. O valor médio do diesel sai de R$ 3,2072 e chega a R$ 3,2604 e por fim, o etanol que custa em média R$ 2,6976 vai a R$ 2,8282.

Outro aumento – Esse é o segundo reajuste seguido para os consumidores de Mato Grosso do Sul. Na semana passada, o Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis) informou que devido à entressafra da cana-de-açúcar e consequente aumento no preço do etanol, o valor nas usinas tem sido reajustado semanalmente.

Como o etanol representa 27,5% da composição do litro da gasolina comum, o aumento de R$ 0,03 a R$ 0,05 foi repassado para o consumidor desde a semana passada. Com os reajustes recentes, a gasolina comercializada em MS deixou de ser a mais barata do país

GÁS DE COZINHA

O gás de cozinha fica mais caro a partir de hoje em todo o país.

Ontem segundo a Asmirg/BR (Associação Brasileira dos Revendedores de GLP) a Petrobras anunciou uma nova política de preços para o produto que terá impacto de até 4% nas refinarias e deve ser repassado ao consumidor. Em 1° de setembro o gás GLP subiu 9% em Mato Grosso do Sul.

De acordo com a Asmirg/ o aumento deveria chegar hoje nas distribuidoras de todo o país, e variaria entre R$ 2 a R$ 4 dependendo da região e da marca escolhida.

Mas a Petrobras negou que tenha reajustado o preço do gás de cozinha hoje. Em nota, disse que apenas alterou os contratos de fornecimento de GLP com as distribuidoras, o que na prática significa reduzir subsídios das empresas que distribuem o produto. Além disso, estima que o impacto para o consumidor não passe dos R$ 0,70.

Porém, a Petrobras disse que a alteração foi feira “para melhor refletir custos de logística que tipicamente deveriam ser cobertos pelas distribuidoras, mas que eram suportados pela companhia”.

O impacto estimado pela Petrobras sobre os preços do botijão de 13 kg, que é a referência para uso residencial, é de R$ 0,20 por unidade, na média do país. “O impacto máximo, desconsiderando a média nacional, não ultrapassará R$ 0,70 por botijão nos preços cobrados pela Petrobras às distribuidoras”, diz a nota.

ENERGIA ELÉTRICA

Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou na sexta-feira (28) que os consumidores brasileiros vão voltar a pagar a taxa extra das bandeiras tarifárias a partir de novembro. No mês de novembro, passa a vigorar a bandeira de cor amarela, o que implica na cobrança de R$ 1,50 para cada 100 kWh de energia consumidos.

A cobrança da taxa havia sido suspensa em abril deste ano, quando passou para a cor verde pela primeira vez desde que o sistema entrou vem vigor, em janeiro de 2015. A bandeira permaneceu verde até outubro, ou seja, por 7 meses.

Em nota, a Aneel justificou a mudança alegando que “a condição hidrológica está menos favorável” no país. Isso significa que a falta de chuvas levou à redução no armazenamento de água nos reservatórios das hidrelétricas e, como consequência, foi necessário acionar um número maior de térmicas (usinas que produzem eletricidade por meio da queima de combustíveis) para atender à demanda por energia no país.

O sistema das bandeiras tarifárias foi criado justamente para arrecadar recursos que vão cobrir o custo extra com o uso de termelétricas. Isso é necessário porque elas geram energia mais cara que as hidrelétricas. As primeiras a ser acionadas são as termelétricas com custo de produção mais baixo. Conforme aumenta a necessidade, o governo determina o funcionamento das mais caras.

As bandeiras acompanham essa evolução. Quando há pouca ou nenhuma necessidade de geração por termelétricas, a bandeira fica verde e não há cobrança extra. Se essa necessidade aumenta um pouco, a bandeira fica amarela e passa a ser cobrado dos consumidores R$ 1,50 para cada 100 kWh consumidos.

Quando o custo com o uso dessas usinas sobe muito, a bandeira fica na cor vermelha, que tem dois patamares, e há uma cobrança extra nas contas de luz de R$ 3 ou R$ 4,50 para cada 100 kWh usados.

MULTAS DE TRÂNSITOS

As infrações de trânsito cometidas a partir desta terça-feira (1º) terão penalidades mais pesadas. O aumento das multas, anunciado  será de até 66%, e os valores irão de R$ 88 (infração leve) a R$ 293,47 (gravíssima).

Além disso, algumas infrações serão agravadas: usar o celular ao volante, por exemplo, passou de grau médio para gravíssimo.

A multa, que era de R$ 85,13, agora é de R$ 293,47, uma alta de quase 245%, e os pontos na carteira de habilitação aumentaram de 4 para 7.

Ainda para o celular, o texto da lei passa a dizer que é infração segurar ou manusear o aparelho. Assim, o motorista que manda mensagens de texto ou fica olhando sites ou redes sociais também poderá ser punido, mesmo quando estiver parado no semáforo.

Também foi agravada a multa por estacionar em vagas reservadas para deficientes e idosos sem a credencial que comprove sua condição. A partir desta terça-feira, a infração é gravíssima (R$ 293,47), e o veículo será guinchado.

Depois de alguns atrasos, as multas para quem andar com as “cinquentinhas” (motos com motor de até 50 cc) sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria A, para motos, ou Autorização para Conduzir Ciclomotores (ACC) também começam a ser aplicadas.

Multas de trânsito - O que muda? (Foto: Arte/G1)

Recusa ao bafômetro
Agora também há um artigo explicitando a punição para quem se recusa a fazer o teste do bafômetro, que já era prevista desde a “Lei Seca”, de 2008.

A atitude é infração gravíssima, com multa multiplicada por 10, ou seja, no valor R$ 2.934,70, além da suspensão da CNH por 1 ano. É igual à punição mínima para quem é pego no teste.

O veículo também será retido, até a chegada de um condutor habilitado.

Se o motorista se negar outra vez a passar pelo teste, em menos de 1 ano, a multa será dobrada, chegando a R$ 5.869,40.

Caso de CNH suspensa
Dirigir sem CNH ou permissão segue sendo uma infração gravíssima, com valor da multa multiplicado por 3, mas agora o Código de Trânsito Brasileiro também inclui a ACC (documento aceito para pilotar motos “cinquentinhas”), que tem a mesma penalidade.

Já quem andar com a CNH cassada ou suspensa terá um pequeno alívio: a multa gravíssima passa a ter multiplicador de 3, em vez de 5 vezes.

Outra redução foi para CNH de categoria diferente da exigida para o veículo (usar a de moto para dirigir carro, por exemplo): a multa passa a ser multiplicada por 2 vezes, em vez de 3 vezes.

Além disso, nesses casos, em vez de o veículo ser apreendido e levado a um depósito, como previa a lei até então, ele será apenas retido, até a chegada de alguém habilitado a dirigir.

As informações adquiridas são de: Campo Grande News e G1