Polícia apura denúncia contra escola que dá curso de bombeiro civil em MS

Um grupo de alunos denunciou uma escola de Campo Grande por oferecer curso de bombeiro civil sem a autorização e credenciamento do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul(CBMMS). Na segunda-feira (24), 17 pessoas registraram boletim de ocorrência na Polícia Civil, que investiga o caso como estelionato.

O G1 entrou em contato com a empresa Academia do Fogo pelos números de telefone informados na página oficial, mas nenhuma ligação foi atendida.

O Corpo de Bombeiros informou, através da assessoria de comunicação, que está fazendo o levamento de informações para apurar qual a situação de regularidade da escola. Ainda conforme a corporação, a competência do CBMMS é fiscalizar e dar liberação a essas escolas.

O aluno Ericson Galeano Pascoal disse ao G1 que desconfiou da legalidade da empresa depois que a empresa mudou de local. Ele explicou que os alunos esperavam conseguir o certificado de bombeiro civil ao final do curso, mas isso não vai acontecer.

“A escola está totalmente irregular. Tem documento que comprova que eles não estão credenciados para dar curso de bombeiro civil, eles só têm autorização para curso de brigadista e reciclagem de brigadista. Eu fazia parte do curso até descobrir que estão irregulares. Entrei em abril, achando que no final poderia trabalhar como bombeiro civil, perdi em torno de R$ 2 mil, entre matrícula e mensalidades, e não vou ter nenhum certificado”, ressaltou.

Em um rede social, a página oficial da empresa informa que oferece cursos de formação de prevenção e combate a incêndios; pânico e primeiros socorros e APH (Atendimento Pré-Hospitalar); treinamento e certificação em campo de treinamento.

Em uma das postagens, feita em junho de 2015, a empresa fala sobre a promoção para curso de bombeiro civil e informa que os interessados podem ser de ambos os sexos. A postagem ainda fala sobre o salário da categoria e diz que envia os alunos formados para trabalhar em eventos. Os telefones informados na página não existem ou não são atendidos.

Gabriela Pavão – Do G1 MS