A região do Bolsão deve iniciar, em 2017, o processo de ‘sangria’, extração do látex que vai consolidar o projeto de implantação de um complexo da borracha na região. De acordo com levantamento feito pela Associação dos Produtores de Borracha de Aparecida do Taboado (Aprobat), atualmente a região Leste do Estado conta com um total de 5,7 milhões de árvores plantadas, em uma área de aproximadamente 11,4 mil hectares.
Deste total, mais da metade, 3,2 milhões de seringueiras (6,4 mil hectares), estão concentradas no município de Cassilândia, onde está em processo de implantação um polo da borracha. Já em segundo lugar no plantio está Aparecida do Taboado, com 3,7 mil hectares de área plantada (1,815 árvores) Inocência, 1.010 hectares (473 mil árvores) e Paranaíba, 320 hectares (160 mil árvores).
Estes números, no entanto, deverão aumentar ainda mais nos próximos anos. Eduardo Sanches, presidente da Associação dos Produtores da Borracha de Aparecida do Taboado (Aprobat) e do Sindicato Rural do município, existe a projeção do plantio de mais 4,2 milhões de seringueiras somente em Cassilândia. “Ainda tem gente plantando. Em um futuro próximo, teremos 18,5 mil hectares em toda a região, que vai ser um polo da borracha”.
De acordo com o Sanches, atualmente a produção da borracha ainda é pequena na região. O volume, porém, vai aumentar expressivamente a partir do ano que vem. “Estamos em processo de manutenção das seringueiras. As árvores ainda estão em fase de crescimento. A sangria ganhará força a partir do ano que vem, com mais força ainda em 2018”.
Enquanto não chega o período de extração, seguem os planos de instalar no município uma usina de beneficiamento da borracha. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico de Cassilândia, Altair Leonel, a construção da usina não está fora do cronograma, uma vez que a extração ainda não foi iniciada. “O objetivo da empresa é dar início à construção da fábrica de derivados da borracha ainda neste ano. Ela já tem área para isso. Uma propriedade de 100 hectares, aproximadamente. Não há atrasos, uma vez que a produção começa no ano que vem”, completou.
A Seringal Agroflorestal, responsável pelo projeto, também trabalha na construção da Agrovila no município. O bairro foi projetado para atender a parte dos funcionários e contará, de início, com 300 casas. Dessas, explicou Altair, 80% estão concluídas. “São mais de 80 famílias já morando no local, uma média de 250 pessoas ao todo, e tem mais casas sendo construídas”, completou.
Correio do Estado