O candidato a prefeito de Chapadão do Sul, João Carlos Krug (PSDB) perdeu o favoritismo na reta de chegada da campanha eleitoral, com o quadro de empate técnico com seu principal adversário, Walter Schlatter (PMDB). Alcançado, Krug em queda, vê a campanha de seu adversário crescer, estabelecendo a tendência de vitória de Schlatter, considerando o conjunto de pesquisas divulgadas até agora no município.
Segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa Resultado (IPR), realizada entre os dias 25 e 26 de setembro, com 408 entrevistas, Krug contaria com 42,98% dos votos e Schlatter 39,46%. Considerando a margem de erro de 4,9%, eles estão empatados tecnicamente. Professor Graciano alcançou apenas 1,22%, com 12,99% de indecisos e 3,43% de eleitores declarando votos nulos ou banco.
As primeiras pesquisas chegaram a indicar uma diferença em favor de Krug, no início da campanha eleitoral, superior a 30%. Essa distância não existe mais. A partir do lançamento das candidaturas e da apresentação de propostas pelos candidatos, Schlatter cresceu, enquanto João Carlos Krug passou a enfrentar dificuldades, como a revelação de dívidas com o município, inclusive de IPTU. O embate se deu entre um ex-prefeito, político tradicional e envolvido em denúncias, e um empresário jovem com uma proposta inovadora.
Considerando os resultados das pesquisas, está claro que João Carlos Krug, em queda, enfrenta na reta de chegada um adversário em franco crescimento. O quadro de empate técnico mostra a tendência de crescimento de Schlatter que, mantida a atual tendência, poderá ultrapassar Krug até o dia da eleição. Ainda segundo a pesquisa, a rejeição dos principais candidatos é baixa e não interfere no desempenho. Walter tem 12,5% e Krug 9,8%, tecnicamente também empatados. O candidato professor Graciano tem 14,21% de rejeição.
A pesquisa foi registrada no TRE-MS com o número MS-03639/2016 e a margem de confiança é de 95%. A pesquisa anterior foi registrada com o número MS-04496/2016, ambas junto ao Tribunal Regional Eleitoral.
Dívidas com o município
O candidato tucano passou a enfrentar dificuldades na campanha eleitoral a partir da divulgação de que ele não quitou dívidas com o município, inclusive de IPTU. Ele tentou na Justiça barrar a divulgação dessas informações, mas perdeu. Entendeu o Judiciário que a dívida existia, e que portanto sua divulgação não poderia ser impedida.
A condição de candidato a prefeito que não paga os impostos passou a provocar desgastes junto ao eleitorado. Ao mesmo tempo os adversários estruturaram e intensificaram suas campanhas o que contribuiu ainda mais para a queda dos seus índices. João Carlos, num primeiro momento, subestimou a gravidade das informações que abalaram seu desempenho e agora, perdendo o favoritismo corre o risco concreto de ser superado por Walter Schlatter nos últimos dias de campanha.
assessoria Lauanne Araujo