O Instituto Butantan pode começar, em dois meses, a testar em humanos uma vacina contra o vírus da zika. Esta é a expectativa do diretor da instituição, Jorge Kalil, que fez o anúncio em um evento nesta segunda-feira (19).
O projeto, que é resultado de uma parceria com um instituto americano, é de uma vacina de DNA, que usa um pequeno fragmento de DNA produzido sinteticamente em laboratório que codifica uma proteína do vírus da zika e por isso desperta a resposta imunológica contra o vírus no organismo.
Segundo Kalil, o instituto tem uma reunião com a Anvisa ainda esta semana para discutir a aprovação dos testes clínicos. “A Anvisa e a Conep (Conselho Nacional de Ética em Pesquisa) estão muito sensibilizadas para a questão, então acho que vai ser uma questão de um ou dois meses para a aprovação”, afirmou o diretor do instituto.
As vacinas de DNA são vistas como uma tendência para o futuro, mas, até o momento, ainda não existe nenhum produto desse tipo aprovado para uso comercial.
O instituto também trabalha no desenvolvimento de um soro contra zika e de anticorpos monoclonais para combater o vírus, ambos com a função de neutralizar o vírus já presente no organismo da pessoa infectada.
Vacina de vírus inativado
Outra iniciativa em andamento no Instituto Butantan é um projeto de vacina de zika com vírus inativado para o qual centro de pesquisa recebeu US$ 3 milhões da Autoridade de Desenvolvimento e Pesquisa Biomédica Avançada (Barda, na sigla em inglês), órgão ligado ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos do governo americano (HHS).
Pesquisadores do centro já trabalharam no processo de cultura, purificação e inativação do vírus em laboratório.
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