Operação Água Benta acontece em Cassilândia e em outras cidades e investiga esquema de desvio de cargas
Esquema de desvio de cargas – principalmente de alimentos, era chefiado em Dourados e contava com apoio de policiais civis dos estados de São Paulo e do Paraná. Operação batizada de ”Água Benta” foi desencadeada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na manhã de hoje, para cumprimento de sete mandados de prisão preventiva, quatro de condução coercitiva e nove de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande, Dourados, Brasilândia, Três Lagoas, Cassilândia e Corumbá.
De acordo com informações do Ministério Público, o esquema era articulado por organização criminosa e chefiado por morador de Dourados. O alvo eram desvios de cargas de diversos tipos e quantidades. A maioria delas de alimentos.
Para a execução da prática ilícita, motoristas eram contratados e aliciados para que se registrassem junto a empresas de fretes e transportadoras regularizadas. Caminhões que eram usados pela organização criminosa eram registrados em nome destes caminhoneiros.
Quando recebiam a orientação de frete de cargas, motoristas avisavam comparsas e eram instruídos sobre o local para onde deveriam fazer o desvio. Cada tipo de produto tinha receptador específico.
Para justificar o sumiço das cargas, motoristas registravam falsas ocorrências de roubo. Alegavam que haviam sido obrigados a a ingerir líquido amargo e por essa razão dormiam por muito tempo. Quando acordavam, estavam em local desconhecido e atordoados. Por este motivo a operação foi batizada de ”Água Benta”.
Ainda conforme o MP, os boletins com as falsas denúncias eram registrados no Paraná e em São Paulo por policiais civis que eram cúmplices do esquema.
A quantidade de pessoas envolvidas e valor estimado de cargas desviadas por enquanto não foram divulgados.
Correio do Estado