Em um vídeo caseiro que tem circulado na internet e foi enviado ao Edição MS através do WhatsApp, Patrícia Arruda Luz, viúva de João Victor Gomes Rosa, pede justiça e diz que o sargento da Polícia Militar, Carlos Alberto Rocha, acabou com uma família.
No final da gravação, entre lágrimas, Patrícia diz que a filha de 2 anos fala: “Mãezinha o policial arrancou o coração do meu pai”. A criança e a mãe assistiram João Victor ser assassinado com um tiro no peito, na noite de domingo (28), na Praça das Américas, em Rio Verde.
Ainda no vídeo, Patrícia diz que o marido parou atrás do carro do sargento, desceu, foi até o veículo de Rocha e perguntou se poderia sair para que ele pudesse passar. Conforme a viúva, de dentro do carro o sargento sacou a arma e disparou contra João Victor.
Patrícia conta que ela e a filha estavam sentadas na praça, de frente para a cena do crime. Em meio ao desespero, a viúva diz que pedia ajuda, mas ninguém podia fazer nada, foi quando ela decidiu ligar para o sogro. De acordo com ela, a ambulância demorou cerca de duas horas, chegando praticamente junto com a funerária.
Outro detalhe que Patrícia esclarece no vídeo é uma caixa de cerveja que aparece ao lado do corpo do marido. Segundo a versão da viúva, a caixa estava dentro do carro e foi tirada por alguém que a colocou na cena do crime.
O sargento Rocha, apontado como autor do disparo, se apresentou à Polícia Militar poucas horas depois do crime e foi levado para a delegacia, onde foi ouvido, autuado e preso em flagrante. Em seguida, ele foi encaminhado ao Presídio Militar Estadual, onde deve permanecer. O comando o 5º BPM (Batalhão da Polícia Militar) lamentou o fato, que está sendo devidamente apurado para que todas as providências sejam tomadas.
O corpo de João Victo foi velado na Câmara Municipal de Rio Verde. O crime chocou os moradores da pequena cidade da região norte, que gritavam por justiça na praça, na noite do crime. O enterro no cemitério de Rio Verde aconteceu na manhã desta terça-feira (30) e contou com grande participação de parentes e amigos, assim como de pessoas que se solidarizaram à família.
ediçãodenoticia – Sheila Forato