Desembargadora começa investigar sumiço de dinheiro na 3ª Vara Federal

Investigação acerca do suposto desvio de dinheiro que ficava sob a responsabilidade da 3ª Vara Criminal de Campo Grande, começou nesta segunda-feira (22) e segue até quinta-feira (25). A apuração é feita por meio da chamada correição extraordinária e conduzida pela corregedora-regional do TRF (Tribunal Regional Federal), Therezinha Cazerta.

Pelo divulgado até agora, o dinheiro que sumiu da seção judiciária teria sido apreendido com criminosos ligados ao tráfico de droga e do conhecido crime do colarinho branco.

Até o desfecho da apuração o caso será tratado em sigilo, informou a assessoria de imprensa da corte federal, em São Paulo. Ainda não se sabe o valor supostamente desviado. O certo é que até agora um servidor de cargo de confiança da Justiça Federal, foi demitido.

Correição é o mesmo que fiscalização e uma atividade rotineira no Judiciário. Normalmente, ocorre de dois em dois anos. No caso da 3ª Vara Criminal, o serviço, que deveria começar na semana que vem foi antecipado a pedido do juiz federal Odilon de Oliveira, que identificou antes suposta irregularidade.

A corregedora Therezinha programou duas correições, a extraordinária: de hoje até quinta-feira para investigar o caso em questão, a suposta fraude, no caso. E no dia 29, próxima segunda-feira até o dia 2 de setembro, ocorre correição ordinária, aquela que já havia sido agendada e que fiscaliza todos os processos que correm na 3ª Vara.

INVESTIGAÇÃO

O vice-presidente da OAB-MS, Gervásio Alves de Oliveira, que acompanhou o início da correição, disse que ainda “não dá para dizer que houve desvios”.

“O juiz Odilon notou que havia atividade procedimental fora da regra, por isso ele pediu para antecipar a correição. Assim que ele [juiz Odilon] detectou algo irregular, pediu que fosse feito uma varredura”, afirmou Gervásio Oliveira.

Assim que descoberto a suposta fraude dentro da 3ª Vara Federal, Jedeão Oliveira, que ocupava cargo de confiança havia 15 anos, foi exonerado. Dono de salário que girava em torno de R$ 12 mil mensais, não foi localizado pela reportagem para comentar o caso.

“Ele [exonerado] não era concursado, e houve uma quebra de confiança. Essa correição, pedida pelo juiz Odilon, vai detectar qual a extensão da quebra. Não se pode dizer agora que houve desvio. O levantamento é que vai detectar efetivamente se houve irregularidade, se constituiu perda de bem”, disse o vice-presidente da OAB-MS, Gervásio de Oliveira.

A OAB-MS definiu o advogado Fábio Nogueira Costa, conselheiro da Ordem como o responsável em acompanhar “diuturnamente” a correição.

Celso Bejarano– Midiamaxnews