Pesquisador da Fundação Chapadão apresenta resultados de Pesquisa no Controle da Ferrugem da Soja na Colômbia

O diretor executivo e pesquisador da Fundação Chapadão, Edson Borges a convite da empresa UPL entre os dias 26 de junho a 03 de julho, esteve em um fórum na cidade de Cratagena na Colômbia, debatendo sobre o manejo e controle da ferrugem na soja. Borges, apresentou diversos trabalhos montados nos últimos 4 anos no centro de pesquisa da Fundação em Chapadão do Sul, MS.

Os trabalhos foram montados implantados na busca de alternativa de manejo e controle da ferrugem da soja e como forma efetiva ao sistema de manejo para o uso adequado de fungicida que evitam a resistência do fungo (Pakopsora pachirizi) aos fungicidas usados na cultua da soja. Ele, afirma que a pesquisa tem que ser dinâmica e objetiva pois a cada ano torna mais difícil o manejo e controle das doenças na cultura da soja em especial a ferrugem asiática. Talvez a sociedade, a classe política não se dê conta destes fatos e que o produto rural também, pois sempre eles acreditram que as empresas detentoras das moléculas e a pesquisa trarão soluções, o problema que enquanto buscamos soluções de um lado, por outro a doença vai se adaptando seu modo de sobrevivência e convivendo com os produtos, e nesta guerra hoje ela (doença) está ganhando, pois a cada dois anos perdemos um produto e sua efetividade de controle sobre a doença, isto significa que ele passa a não ter mais efetividade sobre o fungo Pakopsora pachirizi agente causador da ferrugem asiática na soja. E por outro lado os cientistas e as empresas encontram dificuldades em conseguir novas moléculas que sejam efetivas ao controle desta doença, devido sua grande capacidade de multiplicação e agressividade, como se não bastasse o registro das novas e poucas moléculas com ação efetiva podem levar mais de cinco anos para análise junto ao Ministério da Agricultura, Meio Ambiente e Agência sanitária regulatória (Anvisa), da forma que tramita o processo de registro junto a estes orgãos, entendo que precisamos sermos mais efetivos, caso contrário poderemos perder esta guerra. Temos que entender que controlar esta doença devemos estar todos juntos encarando isto como uma questão de SEGURANÇA NACIONAL, afirma Borges.

Do produto soja depende a sobrevivência milhares de produtores rurais e de milhões de pessoas ao redor do mundo, pois a soja é a principal fonte de alimentos a outras cadeias produtivas como: animais, medicamento e outros setores. Precisamos urgentemente nesta safra que hora se inicia construirmos uma cadeia que liga o Ministério da Agricultura-Mapa, a Associação Nacional dos Fabricantes Defensivos Agrícola, a Associação dos produtores de soja-Aprosoja, as instituições de pesquisa públicas (Embrapa e Universidades), as Instituições de pesquisa privada como a Fundação Chapadão e tantas outras, para que em um fórum definam os rumos para onde queremos levar a cultura da soja de forma econômica e produtiva para que tenhamos produtos eficazes e na hora que o produtor necessitar para o combate das enfermidades que atacam a cultura da soja, pois estamos frente a um colapso, a situação caminha para um momento que teremos a cultura implantada a doença instalada e não teremos produtos eficaz que atenda a necessidade da agricultura no combate desta doença. Foi nestes termos que o pesquisador Edson Borges, diretor da Fundação Chapadão apresentou os resultados de pesquisa em Cartagena na Colômbia.