A Justiça determinou no início da manhã desta segunda-feira (15), a prisão do vice-prefeito de Campo Grande, afastado desde agosto do ano passado, Gilmar Olarte, do Pros, a mulher dele Andréia Nunes Zanelato Olarte, e ainda de Evandro Simões Farinelli e Ivamil Rodrigues de Almeida, que seriam comparsas do casal num esquema de lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica.
Os seis mandados têm sido cumpridos desde às 6h pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), na residência do casal Olarte, na empresa de Andreia, na casa e empresa de Ivamil e na casa e empresa de Evandro. No início da operação, o advogado de Olarte, Jail Azambuja, disse que os mandados a serem cumpridos eram de busca e apreensão de documentos, apenas.
No entanto, por volta das 9h, a assessoria de imprensa do MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) , divulgou uma nota anunciando as prisões temporárias, ou seja, por cinco dias, dos envolvidos na trama. De acordo com o MPE-MS, a operação deflagrada nesta manhã possui conexão com a Adna, operação desencadeada no ano passada, por corrupção passiva e que implicou Gilmar Olarte.
Adna é a sigla da igreja fundada por Olarte, Assembleia de Deus no Brasil. Ainda segundo o órgão, as investigações que motivaram as prisões nesta manhã surgiram a partir da quebra de sigilo bancário da mulher de Olarte, Andréia Olarte e da empresa dela, a Casa da Esteticista.
O Gaeco informa na nota que entre os anos de 2014 e 2015, enquanto Olarte ocupava mandato de prefeito, a mulher deles comprou vários imóveis na Capital, “alguns em nome de terceiros, com pagamentos iniciais em elevadas quantias, fazendo o pagamento ora em dinheiro vivo, ora utilizando-se de transferências bancárias e depósitos, os quais, a princípio, são incompatíveis com a renda do casal”.
Os investigadores do caso informaram e Olarte e Andréia contavam com a ajuda de Ivamil Rodrigues, corretor de Imóveis e Evandro Farinelli, que emprestava o nome para registrar os imóveis compradas pela mulher do então prefeito.
Evandro é réu em oito processos de execução fiscal pela Prefeitura de Campo Grande e figura como doador de R$ 10 mil à campanha de Elizeu Dionizio (SD) em 2014 ao Congresso Nacional.