O vazio sanitário da soja, período iniciado em 15 de junho e que vai até 15 de setembro, quando é proibido o cultivo da oleaginosa visando auxiliar no controle de uma das principais doenças que atacam a cultura, a ferrugem asiática, tem como grandes objetivos reduzir o custo de produção do agricultor e melhorar a produtividade das lavouras.
A avaliação foi feita nesta terça-feira (21) por lideranças, autoridades e técnicos do setor, durante o lançamento oficial da campanha “Plantando com Responsabilidade se Colhe com Qualidade”, da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro).
“A atitude é estratégica pois tem a preocupação com o futuro e garante um ambiente mais seguro para produção. Estamos em um estado que convive com veranico, por isso, é necessário pensar no controle da doença de forma sustentável por intermédio de sistemas eficientes como é o caso do vazio sanitário. Todos da comunidade científica são favoráveis à iniciativa que faz da agricultura uma atividade cada vez mais competitiva”, ressalta o diretor-tesoureiro da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Sistema Famasul), Luis Alberto Moraes Novaes.
O secretário de Produção e Agricultura Familiar, Fernando Lamas, reforçou a eficácia do combate à doença é comprometida quando alguém não cumpre a medida. “A grande dificuldade em se fazer agricultura no mundo tropical é que os custos de produção estão cada vez maiores. Práticas como o vazio sanitário vem sendo colocadas desde os primeiros focos de ferrugem e precisam ser difundidas até que pelo menos 100% dos que cultivam soja adotem a iniciativa. Esta é a mensagem que devemos difundir”, explica.
Na safra 2015/2016, Mato Grosso do Sul produziu 7,597 milhões de toneladas de soja, um volume recorde. No entanto, dez municípios das regiões sul, norte e central concentram 56,88% do total produzido pelo estado. Juntas, essas cidades colheram nesta temporada 4,320 milhões de toneladas, de acordo com dados do Sistema de Informação Geográfia do Agronegócio (Siga), da Associação dos Produtores da oleaginosa (Aprosoja/MS).
G1 MS