Em Chapadão do Sul Mulher acusada de aplicar vacinas de H1N1 sem validade é presa

Cerca de 25 pessoas podem ter recebido vacinas sem nenhuma eficácia contra a gripe Influenza (H1N1) em Chapadão do Sul durante as últimas semanas. A ex-funcionária de uma clínica da cidade foi presa em flagrante na noite de ontem com 11 seringas de Fluarix guardadas dentro do guarda-roupa (ao invés do refrigerador), algumas ainda com doses que seriam aplicadas, agulhas e R$ 550,00 equivalentes a um atendimento a domicílio feito na tarde de quarta-feira quando quatro pessoas  foram “imunizadas”.

O crime vinha sendo praticado no momento que a comunidade está vulnerável, com receio de contaminação. Há suspeita do uso da mesma seringa em pacientes diferentes.

Uma das pessoas que recebeu a dose trabalha na área da saúde e achou estranho a falta de luvas, lacre e o acondicionamento da vacina num recipiente plástico, fora do recomendado isolamento térmico. Na manhã seguinte foi à clinica onde a atendente trabalhava e descobriu que ela tinha sido demitida há cerca de uma semana.

Preocupada, a vítima da fraude procurou o Ministério Público Estadual  que acionou a Polícia Civil resultando na prisão em flagrante da mulher pelos crimes de: falsificação, corrupção, adulteração e furto qualificado.

O delegado Danilo Mansur  recomenda que todas as pessoas imunizadas em casa contra a gripe H1N1  procurem imediatamente a Polícia Civil para saber se também foi vítima. Descobrir quem recebeu a vacina com agulha contaminada tornou-se uma das prioridades da polícia  por se tratar de uma situação de emergência na saúde pública que pode colocar em risco a vida de habitantes sul-chapadenses. O policial advertiu que 25 imunizações foram feitas com 17 agulhas.

Saúde Pública

A ex-funcionária também está sendo acusada de furto de vacinas e guardar o resto dos recipientes aplicados em crianças para reaproveitá-los em outras pessoas. A metade restante deveria ser descartada por recomendação do Ministério da Saúde. O produto localizado dentro do guarda-roupa da acusada foi fabricado para ser armazenado num ambiente de 2 a 8 graus. O caso é assustador  porque as investigações podem revelar outros desdobramentos e implicações que afetaram à saúde pública no município.

No celular da ex-atendente estão gravadas conversas de texto de clientes em busca da valiosa dose sem saber que estavam colocando as vidas em risco. Ela tinha uma viagem marcada para fora de Chapadão do Sul hoje, segundo o ChapadenseNews.

Fonte: ChapadenseNews