Depois da confirmação de casos do vírus da Gripe H1N1 em praticamente todas as cidades de nossa região, nossa reportagem resolveu tirar algumas duvidas sobre o vírus.
O vírus H1N1 já matou 32 pessoas em Mato Grosso do Sul até 01 de junho de acordo com o governo. A chegada antecipada do vírus e a severidade dos casos têm chamado a atenção dos médicos e provocado uma corrida às clínicas de vacinação. Veja perguntas e respostas sobre o H1N1 e outros vírus da gripe:
A vacina muda todo ano?
Sim. Todo ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) faz uma previsão de quais serão os vírus Influenza que devem circular no inverno do hemisfério norte e do hemisfério sul com base em amostras de pacientes coletadas em centros sentinela distribuídos em todo o mundo.
As vacinas são desenvolvidas com base nessa informação, que costuma ser divulgada pela OMS em setembro no caso do hemisfério sul. O processo de desenvolvimento da vacina é complexo e leva, em média, 6 meses.
A vacina de 2016 tem o mesmo vírus H1N1 que a de 2015. As cepas do H3N2 e do Influenza B, porém, são diferentes em relação ao ano passado.
Quem tomou a vacina no ano passado está protegido este ano?
Não. Mesmo para o vírus H1N1, que permanece o mesmo do ano passado, a quantidade de anticorpos diminui ao longo dos meses, reduzindo o grau de proteção. Em relação ao vírus H3N2 e ao Influenza B, não há proteção nenhuma, já que os vírus mudaram.
Além da vacina, quais são as medidas preventivas contra a gripe?
Ventilem os ambientes em que vocês estiverem. Pode parecer simples, um pouco óbvio, mas isso é muito importante e muitos esquecem de abrir as janelas. Os vírus da gripe são adquiridos pelo ar. Por isso é importante ventilar o ambiente. Nesta época em que o Aedes voa livremente todos optam por fechar as janelas de casa, do trabalho e do transporte. Em casa e no trabalho o melhor é telar as janelas. O ar entra e sai e o Aedes fica do lado de fora. Em carros e ônibus em movimento, o Aedes não consegue entrar. Ventilem. Tomem vento. Melhor do que respirar os vírus da Influenza.
Lavem as mãos com freqüência mais que triplicada. Os vírus da gripe podem também ser transmitidos por secreções que ficam nas mãos das pessoas. Por isso, lavem as mãos depois de tossir ou espirrar, usem lenços de papel descartáveis e evitem tocar as próprias mucosas do nariz, boca ou olhos depois de cumprimentar pessoas gripadas. Se estiver ao alcance, utilizem álcool gel com frequência.
Quais são os sintomas do H1N1?
A gripe – tanto a H1N1 quanto a H3N2 ou a Influenza B – tem como sintomas febre alta e súbita, tosse, dor de garganta, dor no corpo, dor nas articulações e dor de cabeça. No caso do H1N1, um sintoma que chama a atenção é a falta de ar e o cansaço excessivo.
É importante distinguir a gripe do resfriado comum, que é muito mais leve, com sintomas menos graves como coriza, mal estar, dor de cabeça e febre baixa.
Como é o tratamento do H1N1?
O tratamento deve envolver boa hidratação, repouso e uso do antiviral específico, prescrito pelo médico. Um deles é o Oseltamivir (mais conhecido pela marca Tamiflu), distribuído pela rede pública para hospitais e unidades básicas de saúde.
Trata-se de um antiviral específico contra o vírus Influenza, indicado para pessoas com maior risco de desenvolver complicações. É importante que o paciente consiga tomar a medicação nas primeiras 48 horas do início dos sintomas, para que a eficácia seja maior. O tratamento também pode envolver o uso de analgésicos para aliviar os sintomas.
O H1N1 que circula no Brasil tem mutação que o deixa mais perigoso?
O vírus que circula hoje no Brasil não tem certas mutações perigosas associadas a casos mais graves da doença, segundo pesquisadores do Instituto Evandro Chagas (IEC), no Pará. Para chegar a essa conclusão, eles fizeram o sequenciamento parcial do genoma do vírus a partir de amostras de pacientes infectados coletadas nos primeiros meses do ano em diferentes estados do país.
Informações obtadas no site do Bem Estar