A diretoria da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) determinou nesta terça-feira (31) a manutenção da bandeira tarifária verde para junho. Isso significa que não será cobrada taxa extra na conta de luz.
Desde janeiro de 2015, as contas passaram a ter uma cobrança extra, chamada de bandeira vermelha, para compensar gastos mais altos para gerar energia. Nos últimos meses, essa bandeira foi mudando de cor:
- Até janeiro deste ano, a bandeira era vermelha e a taxa extra era de R$ 4,50 para cada 100 kWh consumidos;
- Em fevereiro, passou para bandeira “rosa” e a taxa caiu para R$ 3 para cada 100 kWh;
- Em março, a bandeira mudou para amarela e a taxa caiu para R$ 1,50 a cada 100 kWh;
- Em abril, entrou em vigor a bandeira verde e a taxa extra deixou de ser cobrada.
A taxa deixou de ser cobrada em abril depois que o governo federal autorizou o desligamento de usinas termelétricas, mais caras, devido à melhora na situação dos reservatórios das hidrelétricas.
A Aneel disse que, com as chuvas no início do ano, os reservatórios das hidrelétricas se recuperaram. A redução da oferta e a entrada de novas usinas em operação também contribuíram para manter a bandeira verde, segundo o órgão.
Pouca chuva, conta mais cara
Quando há pouca chuva, o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas cai, o que diminui a produção de energia. Para compensar essa queda, o governo manda acionar usinas termelétricas, a carvão, que são mais caras. Foi o que aconteceu no país desde 2013.
Foi criada, então, a bandeira vermelha, essa cobrança extra na conta de luz para bancar esses custos maiores na produção de energia.
Neste ano, a situação melhorou: choveu mais e subiu o volume dos reservatórios das hidrelétricas. Além disso, o consumo das famílias e indústrias caiu, e novas usinas começaram a funcionar.
Mesmo assim, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pede que os consumidores façam o uso eficiente de energia elétrica e combatam os desperdícios.
(Com Reuters)