Um caso chocante deixou uma professora da Capital abalada e com crises de choro, sem condições de voltar a sala de aula e encarar seu agressor, um menino de apenas 11 anos de idade que lhe agrediu fisicamente na ultima terça-feira (24) em uma escola particular da Capital.
“Ele me deu um soco na cara. Quebrou um dente, provocou hemorragia nasal, estou com olho roxo e o rosto inchado. Uma revolta enorme, dor e tomando remédios anti-inflamatórios e calmante”, contou a professora ao Jornal Midiamax.
Segundo ela, no momento da agressão o aluno sequer era alvo de alguma reprimenda ou disciplina. Por questões legais e para preservar a vítima e o suposto agressor, de 11 anos de idade, os nomes não serão divulgados na matéria.
A professora contou ainda que depois de levar o soco do garoto ela desmaiou e precisou ser levada ao Hospital do Pênfigo. Após ser medicada, ela procurou a Deaij (Delegacia Especializada no Atendimento à Infância e Juventude) e chegou a fazer exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal) da Capital.
“Ainda me apavora o fato de eu ter que ir trabalhar na segunda-feira e encará-lo em sala de aula. Tenho crises de choro a todo momento”, relata a profissional da educação.
Ela conta ainda que a escola onde trabalha, e de onde tem medo de ser demitida, não lhe deu nenhum tipo de auxílio no custeio com as despesas de hospital e medicamentos.
Os presidentes das duas principais entidades representativas dos profissionais de educação do Estado, ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) e Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) não foram encontrados pela reportagem para comentar o caso.
Uma lei municipal de abril de 2015 determinou a criação de um ‘Programa de Prevenção à Violência nas Escolas da Rede Municipal’, que prevê a execução de medidas e atividades ao debate sobre a violência contra os professores, educadores e alunos serão organizadas pelo Conselho Municipal de Educação.