Pavimento precário da MS-436 obriga remendos em cima de remendos

Fissuras, esfarelamentos, buracos, crateras. O repertório de irregularidades da MS-436, que liga Camapuã, Figueirão e Alcinópolis, continua extenso mesmo após correções na rodovia, inaugurada em abril de 2013, durante gestão do então governador André Puccinelli.

A reportagem do Correio do Estado percorreu os 163,4 quilômetros da estrada e pôde comprovar que a má qualidade na execução da pista expõe os veículos que trafegam pelo trecho ao risco de acidentes. Mesmo os locais que já passaram por reparos precisam de novos remendos.

A MS-436 custou R$ 215 milhões, financiados pelo Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) e pelos cofres estaduais. As obras começaram em agosto de 2010 e foram realizadas por três empresas. O primeiro trecho, de 107 km entre Camapuã e Figueirão, foi construído pela Sanches Tripoloni, e o segundo, de 58 km entre Figueirão e Alcinópolis, foi dividida por Proteco e CGR Engenharia.

Todas as executoras são investigadas pela Polícia Federal por meio da Operação Lama Asfáltica, que apura superfaturamento em obras contratadas com o governo do Estado por meio de corrupção de servidores públicos e fraudes a licitações, levando a desvios de recursos públicos.

 

 

 

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