Em apenas 24 horas, as chuvas atingiram o total de 229,5 milímetros na região do Parque dos Poderes e Carandá Bosque, segundo informações do meteorologista Natálio Abrão, da Uniderp-Anhanguera. A média histórica é de 90 milímetros, sendo que no domingo, das 11h25 até às 22h30, choveu 82,6 milímetros, ou seja, 91% do esperado para o mês todo.
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Com isso, os moradores enfrentam alguns transtornos, especialmente nas ruas ainda sem asfalto, onde um caminhão atolou na manhã desta segunda-feira (2). O flagrante, feito pelo leitor Flávio Teixeira, foi registrado na estrada NE 02, na Chácara dos Poderes, que, segundo ele, está intransitável. Teixeira ainda ressalta que os moradores do local estão ilhados e nem mesmo os carros com tração nas quatro rodas conseguem passar no local.
“Toda chuva forte acontece isso. A enxurrada vem do bairro Noroeste. Depois que foi implantado o conjunto habitacional Denisar Conte cai toda em nossa rua e vai assorear o córrego Pedregulho. O Ministério público abriu inquérito sobre isso há cerca de cinco anos mas nada foi feito pela prefeitura”, destaca o leitor em seu e-mail enviado à redação do Campo Grande News.
De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, após as chuvas o serviço de vias não pavimentadas da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura), voltarão a atuar nas regiões onde as ruas estão em más condições de uso.
Conforme o meteorologista, este é o segundo outono mais úmido dos últimos 20 anos, já que desde 1983 não havia sido registrada tanta umidade no período. Também chove no centro-sul e norte do Estado, o que deve beneficiar a safrinha. Ainda de acordo com Natálio Abrão, o sol aparece mais forte nesta quarta feira (3), mas já existe um quadro de alti-ciclone no dia 7, que pode derrubar novamente as temperaturas.
Socorro – Equipes da Defesa Civil da Capital prosseguem o trabalho de monitoramento dos pontos considerados críticos, propensos a alagamentos, devido as fortes chuvas que voltaram a cair em Campo Grande na madrugada desta terça-feira (2). Segundo informações da coordenadoria do órgão, choveu 45 milímetros entre as 2 e 5 horas.
Como voltou a chover esta manhã, a preocupação é com o volume de água nos córregos Prosa e Segredo, que vem subindo desde a madrugada, mas até o momento estás dentro da normalidade. O mesmo trabalho também está sendo feito no Rio Anhanduí.
Segundo a Defesa Civil, não houve ocorrências de alagamentos, apenas a queda parcial de uma árvore sobre uma casa na Rua Bertóia, no Jardim Canguru, que já foi cortada e removida pelos bombeiros. Não houve feridos ou danos materiais.
Além disso, as duas equipes da Defesa Civil continuam assistindo as famílias dos bairros José Abrão e Coophatrabalho, que no domingo tiveram suas casas destelhadas devido a um vendaval. Só na Coophatrabalho foram pelo menos 20 casas afetadas, gerando um prejuízo de cerca e R$ 1 mil para cada morador.
As equipes estão percorrendo essas regiões distribuindo lonas e fazendo avaliações dos prejuízos.
A coordenação da Defesa Civil também afirma que está passando nos locais onde a prefeitura executa obras de pavimentação para relatar a necessidade de limpeza a administração municipal. Foi o que ocorreu na manhã desta segunda-feira (1), no prolongamento da Avenida Ernesto Geisel, no bairro Otávio Pécora, onde há obras de drenagem e asfalto.
Com a chuva, detritos da obra e pedras deslizaram para a via, porém equipes da Seinthra (Secretaria Municipal de Infraestrutura) foram ao local e executaram a limpeza e fizeram a sinalização do local devido a enxurrada.
Esse tipo de trabalho também foi feito no Jardim Petrópolis, onde o córrego Cerradinho transbordou na Avenida Capibaribe.
Já no bairro José Abrão, a Seintrha deslocou cerca de 50 homens, utilizando diversas ferramentas e três pás-carregadeiras e três caminhões, para fazer a limpeza das ruas.
Moradores de bairros que tenham sido atingidos pela chuva podem fazer a solicitação pelo teleatendimento da Seintrha, no 3314-3675.