Em sessão tumultuada, vereadores rejeitam pedido de cassação do Prefeito de Camapuã

A Câmara Municipal de Vereadores de Camapuã recebeu um grande número de cidadãos na sessão ordinária desta segunda-feira (16), onde entraria em votação o pedido de acatamento da Denúncia nº 1.808 de 11 de Abril de 2016, requerendo Abertura de Processo de Cassação com afastamento imediato do prefeito Marcelo Duailibi (DEM), requerido pelo cidadão Ananias Soares Matos.

A sessão que contou com oito dos noves vereadores, devido a ausência do médico e vereador Dr. José Diaz, que segundo uma pessoa ligada a ele, não compareceu pois estaria com H1N1 e sem condições físicas para participar da reunião, algumas pessoas presentes atribuíam a falta do vereador como uma forma de não se omitir de tal decisão e não se expor diante da população.

Na tentativa de barrar a entrada do pedido de afastamento e cassação, o vereador Juvenil Sapinho entrou com um pedido de arquivamento da denúncia, mas com quatro votos contrários ao arquivamento o pedido para criação da comissão foi a votação.

Momento que houveram as maiores manifestações dos presentes, a cada voto contrário vários gritos de indignação ecoavam no plenário, fazendo com que o presidente da Câmara pedisse silencio e até entrasse em discussão com a população.

Em uma destas discussões o presidente do Legislativo Municipal chamou um cidadão de ‘moleque’ e foi imediatamente retrucado “você é um vagabundo, vagabundo”, demonstrando bastante nervosismo, Bogarim usou o microfone da cadeira de presidente para ‘ameaçar’ o jovem “me espera lá fora pra me chamar de vagabundo” respondeu o vereador.

Neste clima a votação realizada por ordem alfabética contou com os votos favoráveis dos vereadores Giovani Rocha, Clóvis Amorim, Manoel Nery e Márcia. Os vereadores Juarez Pereira, Juvenil Sapinho, assim como o presidente Humberto Bogarim votaram contra o pedido.

O último e mais aguardado voto, do vereador Roberto Cansilo surpreendeu muitos que ali estavam, o parlamentar para tentar amenizar seu desgaste com aqueles que aguardavam um voto favorável, optou por abster seu voto, decisão que gerou muitas criticas.

Com apenas quatro votos os vereadores de oposição não atingiram dois terços e o pedido foi arquivado.

Com a presença da Polícia Militar, a saída dos vereadores da casa de leis foi bastante movimentada, já que a maioria dos presentes aguardava a saída de seus representantes. Os vereadores Juvenil e Cansilo foram os que sofreram a maior pressão da população, um jovem que foi cobrar o posicionamento do vereador Cansilo contou que se surpreendeu com a resposta do parlamentar. “Ele disse que não poderia votar a favor, senão iria se ‘queimar’ com os dois lados” relatou o cidadão que afirmou ter votado no vereador do PDT na última eleição.

Com aproximadamente meia hora de atraso o Humberto Bogarim optou por deixar a Câmara quando a movimentação já era menor, a sua saída foi pela porta secretaria da casa e não pelo plenário como a dos demais vereadores.

Fonte: Infocoms