Presos do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, em Campo Grande, garantiram ao governo do Estado economia de R$ 1,7 milhão ao trabalharem na reforma de cinco escolas. A quinta unidade foi inaugurada hoje (17), no Coophavilla II, trata-se da Escola Estadual Padre José Scampini.
Somente nesta unidade, estudam 1,6 mil estudantes em 30 salas de aula, em três turno. Os detentos reformaram anfiteatro, quadra, pátio, calçamento, muros, fizeram a troca de vidros, arrumaram as partes elétrica e hidráulica e ainda houve a construção de banheiros adaptados e transformação da cantina em acessível para cadeirantes, com instalação de rampas e piso tátil.
A escola existe desde 1979 e nunca tinha passado por uma reforma geral, como a que aconteceu agora.
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) participou do evento junto com o diretor-presidente da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Ailton Stropa Garcia, o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, José Carlos Barbosa, o Barbosinha, o juiz da 2ª Vara de Execução Penal, Albino Coimbra Neto, e o desembargador presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, João Maria Lós.
O projeto que inclui presos que estão em regime semiaberto para realizar serviços em unidades escolares é o Pintando e Revitalizando a Educação com Liberdade, que foi idealizado pelo juiz Albino Coimbra Neto.
SALÁRIO E TRABALHO
Em Mato Grosso do Sul existem 3 mil presos que recebem salário mínimo (R$ 880) e 10% desse rendimento é descontado para reverter em recursos usados na reforma de escolas, com a compra de material.
Em âmbito maior, são 6 mil reeducandos que trabalham no Estado, entre os que reformam escolas, os que tem função dentro dos presídios e também os que trabalham em empresas durante o dia e voltam para o centro penal à tarde.
UNIVERSO PENITENCIÁRIO
A Agepen administra 46 unidades prisionais e há 15.271 presos em Mato Grosso do Sul. Parte dessa população foi detida por conta do tráfico internacional de drogas.
Correio do Estado