Às 8 horas dessa quinta-feira (5), teve início a paralisação dos policiais civis de Mato Grosso do Sul. O ato é uma forma de protesto ao governo e até 8 horas de sexta-feira (6) os policiais devem atuar apenas em casos emergenciais.
Aproximadamente 3 mil policiais em todo o Estado aderiram à paralisação, conforme estimativa do diretor jurídico do Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis de MS), Max Dourado. Segundo ele, na paralisação feita pela categoria em 1º de abril, foram elaborados apenas 10 boletins de ocorrência, demonstrando sucesso durante o ato. “Acredito que dessa vez também obteremos sucesso”, afirma Max.
Aderiram ao movimento escrivães, investigadores e agentes de polícia científica. Já os peritos forenses e papiloscopistas não aderiram à paralisação. Revindicação principal da categoria, o salário inicial de um policial civil é de R$ 3,4 mil, podendo chegar a R$ 7 mil por tempo de carreira e cargo. “Queremos que o governo cumpra a promessa de campanha, que é transformar o salário dos policiais civis do Estado em um dos 5 melhores do país”, diz Max.
Conforme o sindicato, atualmente o salário dos oficiais de Mato Grosso do Sul está em 10º lugar no ranking nacional. “Desde 2005 é exigido curso superior para ingressar na Polícia Civil em concursos, mas recebemos salário de nível médio”, afirma Dourado. Os policiais ainda lembram que um salário mínimo na Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) para nível superior é de R$ 6 mil, o que, para eles, seria bom para a categoria também.
Durante as 24 horas de paralisação serão atendidos apenas flagrantes, crimes de violência doméstica e outros crimes considerados de maior gravidade. Policiais civis se reúnem na frente da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro e uma via da Rua Padre João Crippa foi interditada.
Segundo o sindicato, no sábado será realizada nova assembleia e, se decidido que a categoria entrará em greve, a partir da próxima quarta-feira os policiais paralisam totalmente as atividades.
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