Só faltou a vitória. O Corumbaense mandou na partida, dominou o time do Comercial. O Carijó da Avenida teve até um pênalti a favor aos 39 minutos da etapa final, mas ficou num empate sem gols no primeiro jogo da semifinal do Campeonato Estadual. Agora, o alvinegro pantaneiro precisa vencer em Campo Grande, no próximo domingo, dia 24 de abril, para conquistar uma vaga na final da Série A, já que o Colorado joga pelo empate.
“Mandamos no jogo, colocamos nosso ritmo de jogo. Mas, não tem nada acabado ainda. Tudo é possível ao que crê. Nós cremos, estamos focados e vamos buscar a classificação em Campo Grande”, disse o lateral direito Robinho ao Diário Corumbaense logo após o árbitro Paulo Henrique Vollkopf encerrar a partida.
Para o técnico Nei Cesar, o time da General Rondon teve chances de vencer o Comercial jogando em casa. “Tivemos algumas oportunidades, poderíamos ter finalizado com o pênalti [o lateral esquerdo Adriano Chuva chutou na mão do goleiro Martins], mas não deu certo”, disse. Para a partida decisiva em Campo Grande, ele acredita em vitória do Corumbaense. “São 180 minutos, temos o jogo da volta. É ter tranquilidade, equilíbrio, que podemos classificar lá. O objetivo é ir, ganhar lá e classificar lá fora”, afirmou.
Paulo Rezende, treinador do Comercial, disse que sua equipe não jogou somente para se defender e teve chances claras de vencer. Mas, para ele o empate foi um bom resultado. “No primeiro tempo tivemos duas ou três oportunidades, montamos a equipe num losango de meio campo igual ao do Corumbaense e foi de igual para igual. No segundo tempo, com 20 minutos o Corumbaense estava dominando, tivemos de fechar atrás para explorar o contra ataque. Graças a Deus foi um bom resultado, tivemos pênalti contra e nosso goleiro conseguiu pegar. O resultado foi justo. Jogamos pelo empate, mas será difícil, o Corumbaense é uma equipe muito guerreira, difícil de jogar”, disse lembrando que no meio de semana seu time terá de enfrentar o Joinville, pela Copa do Brasil.
O jogo
Disputada numa tarde de outono de forte calor em Corumbá, a primeira partida da semifinal da Série A lotou o estádio Arthur Marinho – o público total foi de 5.380 pessoas, o maior público da competição – e foi muito igual nas duas etapas com o Corumbaense dominando fortemente o jogo inteiro, empurrado pela sua apaixonada torcida. Um pequeno grupo de comercialinos também enfrentou o clima quente da região pantaneira para levar apoio ao Colorado.
Na etapa inicial, logo aos cinco minutos, torcida e jogadores reclamaram de um pênalti. Dentro da grande área, a bola teria batido na mão do volante Querino, mas o árbitro deu sequência à jogada. Aos 19 minutos, após cobrança de falta de Adriano Chuva, o zagueiro André Morosoni na pequena área adversária cabeceou para fora. Tuia teve chance, de cabeça também, mas quase caído na área não conseguiu marcar. O Comercial teve uma chance com Augusto, mas o goleiro Diego espalmou.
Na etapa final, Nei César fez três substituições – tirou Wesley, Adailton e Keverson e colocou Felipe, Johny e Cacalo – o cenário não mudou. O Carijó seguiu melhor em campo. O goleiro alvinegro Diego pouco trabalhou.
A grande chance da partida aconteceu aos 39 minutos. Após Jhony driblar boa parte da defesa comercialina, foi derrubado dentro da área. O árbitro Paulo Henrique Vollkopf marcou pênalti e a torcida – que encarava quase 40 graus na arquibancada descoberta – vibrou. Seria o gol da vitória, que daria a vantagem do empate na partida de volta. Mas, Adriano Chuva bateu mal e o goleiro Martins pegou fácil a cobrança.
Nos cinco minutos finais, animado com a perda do pênalti, o Comercial até ensaiou uma pressão. Mas, sem muita organização não teve qualquer resultado e o placar não saiu do zero no estádio Arthur Marinho.No outro jogo da semifinal, Sete de Dourados e Operário de Campo Grande, também não saíram do 0 a 0. A partida foi disputada no estádio Jacques da Luz, na Capital. O time douradense decide em casa a vaga e joga pelo empate no próximo domingo.