Três semanas depois de Mato Grosso do Sul ter o primeiro foco de gripe aviária confirmado em criação doméstica de galinhas em Bonito, outro caso é investigado no Estado. Desta vez, segundo plataforma de monitoramento do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), outro possível foco da doença foi registrado em Figueirão, cidade distante 258 quilômetros de Campo Grande.
Os dados do Ministério, atualizados pela última vez na noite desta quarta-feira (11), indicam que o Brasil tem 123 casos confirmados da Influenza Aviária, ou Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves.
No total, desde o início das investigações, Mato Grosso do Sul teve 20 amostras coletadas, destas, uma teve o caso confirmado, o de Bonito, e a de Figueirão segue em investigação. Segundo o Mapa, não há prazo para que os exames laboratoriais fiquem prontos.
A reportagem tentou contato com autoridades sanitárias de Figueirão para mais detalhes sobre o foco em investigação, mas em razão do feriado, as ligações não foram atendidas.
Desde que o primeiro caso foi confirmado em Mato Grosso do Sul, o Japão suspendeu a importação de frangos e ovos que tinham o Estado como origem.
MS está em alerta para a doença desde junho
Em 2 de junho, o Governo do Estado publicou decreto onde declara Estado de Alerta Zoossanitário em Mato Grosso do Sul devido a gripe aviária. Na publicação ainda institui o Sistema de Monitoramento, avisos e ações para fins de prevenção da doença.
O decreto foi uma resposta estadual diante da declaração de estado de emergência zoossanitária estabelecido pelo Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) em todo território nacional, por 180 dias, em função da detecção da infecção da gripe aviária em aves silvestres no Brasil.
Gripe aviária no Brasil
Conforme o Mapa, dois novos casos de influenza aviária foram confirmados no Brasil na noite desta quarta-feira, elevando o total de casos para 123, nenhum deles é em criação comercial.
De acordo com a pasta, há outras 14 investigações em andamento, com coleta de amostra e sem resultado laboratorial conclusivo.
As notificações em aves silvestres e/ou de subsistência não comprometem o status do Brasil como país livre de IAAP e não trazem restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros, conforme prevê a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
Aliny Mary Dias midiamaxnews