Açougueiro de Alcinólpois continua livre dois meses após matar mecânico em Coxim

Além de conviver com a dor da perda, a família do mecânico Ademetrio Tadeu Miranda Junior tem de lidar diariamente com a sensação de injustiça. É que o homem apontado como autor do homicídio continua livre, leve e solto.

Nesta terça-feira (19) a morte completa dois meses e nem sinal do açougueiro Ygor Junior Gomes de Amorim, que chegou a se apresentar dois dias após o crime, foi ouvido, liberado e somente horas depois teve a prisão expedida.

A polícia acreditava que o autor voltaria a se apresentar na semana seguinte, mas, isso não aconteceu. Algumas diligências foram realizadas, porém, até o momento Ygor não foi capturado. Ele é tido como foragido.

Roseli da Cunha Silveira, de 49 anos, mãe do mecânico Ademetrio Tadeu Miranda Junior, morreu três dias depois do filho morrer em decorrência das facadas que levou do açougueiro Ygor Junior Gomes de Amorim.

O crime

O açougueiro  que trabalhava na cidade de Alcinopolis esperou o mecânico sair do serviço numa retífica para tirar satisfação de troca de mensagens entre ele e sua namorada. Os ânimos se exaltaram e Ygor foi até o carro, pegou a faca e desferiu vários golpes na barriga de Ademetrio.

Ele chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros com as vísceras expostas, mas não resistiu aos ferimentos e morreu pouco tempo depois no Hospital Regional Álvaro Fontoura, em Coxim.

Ygor fugiu a pé, sentido BR-163, abandonando o próprio veículo, um VW Fox, com dois celulares dentro. Poucos dias depois, a família de Ademetrio teve de conviver com a perda de sua mãe, que tratava um câncer e teria desistido de viver, segundo familiares, com a morte do filho.

 

*Edição MS, Sheila Forato