O povo de Cassilândia enfrenta os efeitos de um decreto de contenção de gastos, assinado pelo prefeito Valdecy Costa, em que são autorizadas somente despesas essenciais, indispensáveis, ao município, em que investimentos na Saúde, Educação e outras áreas foram cortados, sem contar nos cortes de incentivos salariais dos servidores públicos.
A Prefeitura de Cassilândia está metida em dívidas e mais dívidas no comércio local, fornecedores e prestadores de serviços devido ao descontrole de uma gestão pouco zelosa com o erário municipal.
O decreto que o prefeito instituiu em Cassilândia se deve ao risco de não se fechar as contas no fim do ano devido à falta de controle financeiro na gestão Valdecy Costa.
Diante dessa situação, foi criada uma comissão de controle de gastos, composta por cinco servidoras, incluindo a procuradora do município.
Essa comissão é responsável por liberar qualquer gasto, devendo seguir as regras do decreto. Mesmo com o município diante um possível colapso financeiro, foi adquirido através de desapropriação (sem necessidade em aprovação dos vereadores), uma área no valor de R$ 1.200.000,00, sendo que, em velocidade própria de um ninja, foram pagas duas parcelas relâmpagos no valor de R$ 150.000,00 cada uma, totalizando R$ 300.000,00, em apenas 15 dias de intervalo, isto é, dias 28 de agosto e 12 de setembro.
O valor é relativo apenas às duas primeiras parcelas do total das duas glebas do terreno adquirido.
A justificativa do prefeito Valdecy Costa é que a área será utilizada para um possível loteamento de 100 casas populares.
Mas informações obtidas sobre programas habitacionais do governo para o município de Cassilândia não mostram essa realidade.
O município não possui nenhum projeto cadastrado na Agência de Habilitação do governo e não existe promessa de programas futuros com esses números.
Outra curiosidade é que a área adquirida pelo município tem uma enorme possibilidade de não ter as liberações ambientais necessárias para um loteamento habitacional, pois está nas margens do Rio Aporé e tem uma grande Área de Preservação Permanente (APP).
Outra dúvida que existe é qual o real motivo de desapropriar uma área às margens do Rio Aporé, que não será 100% aproveitada, sendo que existe bem próximo ao local uma área ideal, que seria inteiramente aproveitada, sem dar prejuízos aos cofres públicos.
O Cassilândia Urgente obteve a informação que esse caso suspeito está sendo investigado por uma CPI que tramita na Câmara de Vereadores de Cassilândia.
O prefeito Valdecy Costa informou ao Cassilândia Urgente via WhatsApp que adquiriu o terreno e que está pleiteando as licenças ambientais.
Espera-se que o prefeito possa sair dessa “sinuca de bico” e seja convincente em suas explicações aos contribuintes cassilandenses.
CORINO ALVARENGA
EDITOR DO CASSILÂNDIA URGENTE