EDITORIAL: Administração municipal de Cassilândia vive o período “Devo, não nego, pago quando puder”

A frase acima é a máxima que um dia saiu da boca de um caloteiro: “Devo, não nego, pago quando puder.”

Diversos comerciantes, fornecedores e prestadores de serviços de Cassilândia estão vivendo a sensação da corda no pescoço diante de uma Prefeitura Municipal que passou  a “dar trabalho” na hora do pagamento.

O próprio prefeito Valdecy Costa (PSDB) vem divulgando, em suas redes sociais, a situação de amargura financeira de diversos municípios brasileiros para justificar a má gestão na Prefeitura de Cassilândia.

Só que as pessoas tem memória e se recordam bem da situação financeira da Prefeitura nos tempos de Jair Boni que deixou mais de R$ 12 milhões de reserva no caixa da Prefeitura, além de manter os pagamentos em dia.

Hoje, o caixa secou e há dívidas que estão tirando o sono de muita gente.

Ninguém pode acusar o prefeito de malversação de verbas públicas, entretanto há uma CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito – na Câmara de Vereadores de Cassilândia investigando indícios de irregularidades.

O prefeito tem sido, no mínimo, incompetente na gestão dos recursos públicos, pois patrocinou muitos eventos, festas e até comida farta na Praça São José por ocasião do aniversário da cidade, desperdiçou uma exorbitância de dinheiro nas decorações natalinas das praças da cidade, além de outras trapalhadas próprias de marinheiro de primeira viagem ou de criança deslumbrada que vai com muita sede ao pote.

Qual necessidade havia de abrir os portões da festa do peão também na quinta-feira, além do domingo, distribuindo bondade com o dinheiro da Prefeitura?

Qual necessidade havia de patrocinar tantos eventos no município se a situação financeira da Prefeitura já estava indo de mal a pior?

Qual necessidade havia de adquirir terreno em área de proteção ambiental?

Qual necessidade havia de contratar artistas caros num momento de dificuldades financeiras?

Percebe-se obviamente que a situação de Cassilândia tem que ser tratada como um caso sui generis, atípico, diferente da realidade de outros municípios brasileiros com histórico de endividamento.

Jair Boni Cogo deixou o caixa da Prefeitura de Cassilândia em ótima situação financeira após economizar dinheiro durante cinco anos e cinco meses.

Hoje temos uma gestão municipal, no mínimo, temerária, inconsequente e metida num grande atoleiro.

E atoleiro lembra lama. E lama lembra otras cositas más.

CORINO ALVARENGA

CASSILÂNDIA URGENTE