Mato Grosso do Sul deve colher 12,688 milhões de toneladas de milho na safrinha. É o maior volume de sua história, segundo a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgados nesta quarta-feira (6). Em relação ao levantamento divulgado há um mês, houve uma revisão para mais na estimativa em 629 mil toneladas.
A Conab atribui a melhoria da projeção ao “clima adequado para o cultivo em quase toda as regiões produtoras, com chuvas frequentes e de bons volumes, seguidas de boa luminosidade”. Com essa produção estimada, que representa um incremento de 3,6% frente a do ciclo anterior (12,253 milhões de toneladas), o estado se mantém como terceiro maior produtor nacional na safrinha. Apenas Mato Grosso (50,731 milhões de toneladas) e Paraná (14,679 milhões de toneladas) devem colher mais.
O volume de produção do estado neste ciclo é tão expressivo, que se fosse um país seria o 12º maior produtor mundial do cereal, conforme dados do relatório “Grãos: Mercado e Comércio Mundiais”, de agosto, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O documento aponta que somente EUA, China, Brasil, União Europeia, Argentina, Ucrânia, México, África do Sul, Canadá, Rússia e Indonésia devem colher mais.
Mato Grosso do Sul deve produzir mais milho nesta safrinha, que, por exemplo, a Nigéria (12 milhões de toneladas), o Paquistão (10,500 milhões de toneladas) e a Etiópia (10,400 milhões de toneladas), conforme o USDA.
Entre janeiro e agosto deste ano, o estado exportou 1,665 milhão de toneladas de milho em grão, o que representou 13,12% do volume que deve colher em sua safrinha recorde. Os principais compradores do cereal “Made in MS” são países asiáticos. Em primeiro aparece o Japão, com 569,348 mil toneladas. Depois vem o Vietnã, com 230,790 mil toneladas e na sequência a Coreia do Sul, com 199,067 mil toneladas.
Por Anderson Viegas, g1 MS