Casos de febre maculosa ainda são investigados, mas nenhum foi confirmado em MS

Desde o surto de febre maculosa que matou cinco pessoas em Campinas (SP) este ano, e provocou duas mortes em Minas Gerais, confirmadas nesta quarta-feira (30), a SES (Secretaria Estadual de Saúde) e as Secretarias Municipais de Saúde ficaram em alerta para possíveis casos em Mato Grosso do Sul. Até esta sexta-feira (1º), mais de 40 casos suspeitos no Estado haviam sido notificados à pasta estadual.

Dos resultados já analisados, nenhum deu positivo, informou a SES por meio da assessoria de imprensa. Como as amostras precisam ser processadas fora do Estado e é necessário colher o material duas vezes do mesmo paciente, além de haver um intervalo entre as análises, o procedimento não é rápido.

Até sexta-feira (1°), somente a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de Campo Grande havia registrado 26 casos suspeitos de febre maculosa, sendo 11 descartados e 15 ainda em investigação.

Bebê – O primeiro caso suspeito da doença notificado em Mato Grosso do Sul foi o de uma criança de 1 ano, que mora em Campo Grande.

Ela apresentou sintomas característicos da doença em 17 de junho e seguiu internada em hospital particular da Capital até o dia 19 do mesmo mês. As amostras de sangue do paciente foram analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz, no Estado de São Paulo, que é referência para o diagnóstico. A coleta foi feita na data da notificação.

Além dos sintomas serem suspeitos, a criança tinha histórico de viagem recente à região rural de Guia Lopes da Laguna. A Sesau descartou o caso em 28 de julho.

A doença – A febre maculosa foi descoberta em 1927. Causada por uma bactéria encontrada em carrapatos, mais comumente o carrapato-estrela, é uma doença infecciosa febril aguda.

Seus sintomas iniciais da doença podem ser confundidos com os de outras doenças. Basicamente, são dor no corpo e dor de cabeça. Após três a quatro dias, a maioria das pessoas começa a apresentar exantemas (pintas), geralmente nos punhos e tornozelos, em seguida, vão ficando arroxeadas e se espalhando para o centro do corpo.

 

 

*Campo Grande News