O Trilha Rupestre é um programa institucional desenvolvido pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), com o objetivo de fortalecer a cultura, o turismo e o desenvolvimento socioeconômico das cidades do Mato Grosso do Sul. Essas cidades possuem sítios arqueológicos com arte rupestre e registros paleontológicos no corredor ecológico cerrado-pantanal.
Durante essa etapa do projeto, a equipe multidisciplinar da UFMS, composta pelas professoras Deusana Machado, Edna Facincani, Patrícia Mescolotti e Sandra Gabas, realizou o Primeiro Inventário da Geodiversidade da Trilha Rupestre. Esse levantamento preliminar teve como objetivo identificar as características geológicas e paleontológicas da região, como paisagens, rochas, fósseis, rios e aquíferos de cada município.
A professora Sandra Gabas ressaltou que a identificação dos recursos naturais pode contribuir para o desenvolvimento local, levando em consideração seus aspectos ambientais. Ela também mencionou que cada município possui particularidades que podem ser exploradas para diversificar a economia local. Após a avaliação deste inventário inicial, a equipe retornará a cada município em data a ser definida, para aprofundar o estudo em pontos específicos selecionados em conjunto com os municípios.
Além disso, a aluna Maria Caroline Leite, que faz parte da equipe de assessoria de comunicação e gerenciamento das redes sociais do projeto, explicou que a Trilha Rupestre não se limita apenas à pesquisa sobre sociedades pré-históricas. O programa institucional engloba seis eixos de atuação inovadores e tecnológicos: arqueológico, geo-paleontológico, químico-farmacêutico, alimentos, botânico e arte-cerâmico.
Maria Caroline também ressaltou a importância das datações arqueológicas significativas encontradas no estado do Mato Grosso do Sul, que comprovam a presença de seres humanos há mais de 12 mil anos. No entanto, ela ressaltou que ainda há muito a ser descoberto, uma vez que existem inúmeros sítios passíveis de pesquisa na região.