PM é preso por estuprar frentista e ameaçá-la de morte com arma funcional em MS

Um policial militar, que não teve identidade divulgada, foi preso por sequestrar e estuprar uma frentista, em Campo Grande. De acordo com as delegadas que investigam o caso, o PM usou uma arma funcional para ameaçar a vítima de morte durante as sequências de abuso.

As informações da prisão foram divulgadas, nesta segunda-feira (14), em coletiva de imprensa feita pela delegada Marianne Souza na Delegacia de Atendimento às Mulheres (Deam) na capital.

O policial, de 30 anos, foi preso na sexta-feira (11), três dias após a frentista denunciar os abusos no bairro Jardim Noroeste.

O g1 entrou em contato com a assessoria de comunicação da PM pedindo posicionamento sobre o caso. A assessoria de comunicação da Polícia Militar disse que não vai emitir nota sobre o caso, mas confirmou que um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) pode ser aberto.

A comunicação da PM também confirmou que o policial foi encaminhado ao Presídio Militar Estadual. O g1 questionou sobre o uso da arma funcional durante o crime, mas a assessoria da corporação não respondeu a este questionamento.

O crime

 

 

A frentista, de 24 anos, foi sequestrada, estuprada e ameaçada de morte quando voltava para casa após o trabalho, no dia 8 de agosto. O crime aconteceu no bairro Jardim Noroeste, em Campo Grande, próximo a BR-163.

Segundo o boletim de ocorrência, a vítima relatou à polícia que voltava andando para casa quando foi abordada pelo suspeito, que estava em um carro branco e armado.

Para a polícia, a mulher relatou que o homem a obrigou entrar no carro, a levou até um lugar desconhecido e a estuprou. Ainda em depoimento, a mulher descreveu que foi ameaçada de morte o tempo todo pelo suspeito, que manteve a arma em sua cabeça.

Depois do crime, a vítima foi abandonada no local e o suspeito fugiu. Ainda conforme o boletim de ocorrência, a frentista conseguiu anotar a placa do veículo do suspeito e ligou para o chefe do posto de gasolina, que acionou a polícia.

O caso foi registrado na Deam.

Por José Câmara e Maressa Mendonça, g1 MS