Colheita do milho avança em MS, com atraso e saca do grão desvalorizada
A colheita do milho segunda safra avança em Mato Grosso do Sul. A área destinada ao grão neste ciclo apresenta uma expectativa de crescimento de 5,4% em relação ao ciclo anterior (2021/22), totalizando 2,325 milhões de hectares. Estima-se que a produtividade média seja de 80,33 sacas por hectare, resultando em uma expectativa de produção de 11,206 milhões de toneladas. As informações foram divulgadas pelo Sistema Famasul, através do Boletim Casa Rural.
Com base nas informações levantadas, na data de 4 de agosto, a área colhida acompanhada pelo Projeto SIGA-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) alcançou 26,2% nas regiões norte, centro e sul do Estado, conforme consultas realizadas pelos técnicos junto a produtores, sindicatos rurais e empresas de assistência técnica dos municípios.
A porcentagem de área colhida na segunda safra 2022/23, encontra-se inferior em aproximadamente 15,12 pontos percentuais em relação à segunda safra 2021/22, para a data de 4 de agosto. Para a equipe técnica a colheita está lenta no Estado, com a expectativa de que o pico da colheita ocorra a partir do dia 4 de agosto. Nesse período, grande parte da produção estará em estágio avançado de maturação.
A região centro está com a colheita mais avançada, com média de 33,7%, enquanto a região norte está com 29,5% e a região sul com 23,3% de média. A área colhida até o momento, conforme estimativa do Projeto SIGA-MS, é de aproximadamente 608.685 hectares.
Milho no mercado
Segundo levantamento realizado pela Granos Corretora, até 7 de agosto deste ano, o MS já havia comercializado 34,12% do milho 2º safra 2023, que representa 3,12 ponto percentual acima do índice apresentado em igual período de 2022.
De acordo com as cotações disponíveis no site da Granos Corretora, as maiores desvalorizações entre 31 de julho e 4 de agosto deste ano ocorreram nos municípios de Ponta Porã, Maracaju e Dourados, com desvalorização na ordem de 7,14%, 6,10 e 6,10%, respectivamente. O valor médio para o período foi de R$ 39,20/sc, que representou queda de 41,80% em relação ao valor médio de R$ 67,35/sc no mesmo período de 2022. Os preços atuais não necessariamente são os valores que o produtor está recebendo, uma vez que a comercialização ocorre gradualmente.
Por José Roberto dos Santos – Campo Grande News