Preso em SP maior receptador de celulares do país
A Polícia Civil de São Paulo diz ter prendido, no centro da capital paulista, um homem apontado como “o maior receptador de celulares do país”. Amadou Diallo, imigrante de Guiné-Bissau, é suspeito de liderar a receptação de aparelhos furtados e roubados. Com ele, foram apreendidos 312 celulares — pelo menos 64 deles tinham queixa de crime.
Os investigadores apuravam casos de roubos de celulares em que as vítimas foram mortas ou gravemente feridas. Durante essas apurações, prenderam os autores dos crimes e outros receptadores de celulares. A partir daí, segundo a polícia, foi possível identificar o guineense como o maior receptador dos aparelhos no país.
A prisão ocorreu na noite desta terça-feira (8). Com mandados de busca e apreensão, os agentes foram até dois apartamentos na rua dos Guaianases, na região da Cracolândia, ligados ao estrangeiro. Lá, acharam bases de operação de Diallo, que foi detido por receptação qualificada.
Os agentes encontraram uma estrutura de informática que poderia permitir o desbloqueio de celulares para que criminosos acessassem dados das vítimas.
Segundo a investigação, as informações eram repassadas para que fossem aplicados golpes nas vítimas. Outra finalidade da base montada pelo guineense era o envio desses celulares para outros países, ainda de acordo com a Polícia Civil.
Em março, a Polícia Civil paulista iniciou uma operação com objetivo de prender suspeitos de uma quadrilha conhecida como ‘quebra-vidro’, que praticam roubos e furtos de celulares, na região da Cracolândia, no centro de São Paulo. A ação faz parte da Operação Unblocked. Na ocasião, foram apreendidos 53 celulares, 3 tablets, 2 IPads, 3 smartwatchs e 130 carcaças de celulares desmontados.
Uma das ações praticadas pelo grupo são os ataques aos carros para pegar os celulares dos motoristas e passageiros — na maioria das vezes, os criminosos quebram os vidros dos veículos parados em semáforos ou no trânsito.
A investigação buscava identificar os criminosos responsáveis pela receptação de aparelhos celulares furtados e roubados no Centro da capital. Para a Polícia Civil, a quadrilha seria responsável por comprar cerca de 80% dos celulares furtados pela quadrilha “quebra-vidro”.
Por Julia Cople – O Globo