MINEIRA? Aparentemente tímida, mas corajosa e eficiente, a prefeita Adriane Lopes (PP) vai ganhando estatura política após caminhar um período sobre cristais. Os números de pesquisas recentes a colocam em condições de disputar o 2º turno para a prefeitura da capital. Por enquanto ela é a grande novidade no cenário para 2024.
MINEIRO? Ao seu estilo conciliador o deputado Lídio Lopes (Patriota) agrada como articulador político da administração de sua mulher Adriane, atraindo apoios e viabilizando condições da gestão. Experiente, prefere continuar atuando nos bastidores e acredita piamente num conjunto de fatores para viabilizar a vitória em 2024.
MEIA VOLTA? Não, ela fica! Na política o status do cargo vale mais do que a coerência. Situação no mínimo desconfortável da ministra Simone Tebet (MDB) pelo esvaziamento de sua pasta, onde restou pouco a fazer. A nomeação do presidente do IBGE sem ela ser ao menos consultada mostra seu desprestígio no Governo.
ESBÓRNIA: Senadores e deputados sem motivos para reclamar da generosidade do Governo Lula que às vésperas da votação do tal arcabouço fiscal liberou nada menos que R$7,5 bilhões em emendas. O surreal do ato é que os Governos Estaduais e prefeitos poderão gastar esse dinheiro à vontade – isto é – como e onde bem entenderem.
SEM PESO! Duvido que o TCU faria o mesmo se o interessado fosse um estado como São Paulo. A sua decisão suspeita em pról da CCRMsVia nos casos da BR-163 e da ferrovia Malha Oeste mostra ‘os esquemas do sistema’ viciado vencendo nossa pequena representação política no cenário nacional. Vamos engolir mais esse sapo?
A GUERRA: Os deputados Pedrossian Neto (PSD) e Junior Mochi (MDB) querem reverter essa decisão maligna e têm feito manifestações esclarecedoras com subsídios jurídicos pertinentes sobre as irregularidades com a conivência do poder público (leia-se ANTT). Neste dia 8 terão audiência com o governador Riedel exclusivamente sobre o problema.
POLÊMICA: A decisão do STF pela descriminalização do uso pessoal da maconha pode abrir portas para consequências perigosas. Se aqui esculhambam leis e preceitos – é preciso questionar: ‘estaremos preparados? ’ O senador Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado, já lembrou que o papel é do Congresso e jamais do STF.
LEMBRETE: O raio pode cair duas vezes no mesmo lugar? Na política recordar é alertar. Nas ‘memoráveis’ eleições prefeiturais de Campo Grande em 2012 tivemos 7 candidatos ao Executivo e 501 postulantes ao legislativo. Portanto, o eleitor não podia alegar falta de opções diante da generosa quantidade e diversidade de postulantes.
VEJA BEM: O arco de alianças em prol do candidato Edson Giroto (MDB) reuniu cerca de 246 candidatos a vereança em 16 partidos de tendências diversas: PCdoB, PR, PDT, DEM, PTdoB, PPL, PSB, PSL, PTC, PRTB, PRB, PRP, PSC, PSDC e PSD. Detalhe: quase a metade dos 501 aspirantes a vereança apoiavam o candidato Giroto, além do prefeito Nelson Trad e do governador André Puccielli (MDB)
A DIFERENÇA: Já os demais candidatos tinham menor estrutura com menos partidos e candidatos à vereança. Sem aliados, Alcides Bernal (PP) lançou só 28 pretendentes ao legislativo. Quem mais se aproximou do candidato Giroto foi Reinaldo Azambuja (PSDB): 137 candidatos à vereança distribuídos também no PPS, PHS, PMN e PTB.
AS CAUSAS: Até hoje comentadas: Imposição do então governador André Puccinelli (MDB); a fadiga do velho grupo no poder; a falta de renovação facilitando o domínio dos mesmos personagens. Enfim, embora o pleito de 2024 esteja no horizonte, vale expor esse fato eleitoral como exemplo, lição e alerta.
CONFISSÃO: As pesquisas mostram vários aspectos da eleição, até induzem. Mas às vezes escondem singularidades preciosas que acabam passando ao largo do leitor. Evidente, após 2012 o cenário mudou. Mas fatores ‘questionáveis’ omitidos pela mídia podem influenciar a opinião pública. Para o bom entendedor…
OTIMISTA: Café amigo com o prefeito João C. Krug de Chapadão do Sul sobre a realidade econômica da sua região. Lembra que as mudanças iniciaram no 2º mandato do governador Reinaldo – com reflexos que melhoraram o nivel econômico. Entende que há espaço para o soja, algodão, eucalipto, seringa, milho, cana e pastagens em menor escala.
TEREZA CRISTINA: No saguão da Assembleia Legislativa a senadora (PP) foi elogiada por políticos do interior. Eles entendem que a projeção nacional dela terá peso nas eleições, notadamente em Campo Grande. Mas também elogiaram as boas relações dela com o governador Riedel e o ex-governador Reinaldo Azambuja – ambos do PSDB. Aliás, impressiona o trânsito fácil dela por vários grupos e partidos. Isso conta!
PESADÊLO: Persistem as dúvidas e divergências sobre a reforma fiscal. O fantasma do imposto na herança e do imposto de renda assustam. Nesta hora convém bater na tecla de que é preciso ‘salvar as galinhas’ sob pena de não termos mais os ovos na mesa. E com toda essa gana o governo afugentará os investidores. Dinheiro não tem pátria.
NOVO CAPÍTULO: A mão forte do Tribunal de Contas sobre obras rodoviárias no Pantanal ganhando dimensão nacional. Guiado pelo bom senso o Governo Estadual entendeu a postura da Corte e sinaliza disposição de rever os seus empreendimentos para adequar as licenças ambientais. Bem, com diálogo tudo se resolve.
EUCALIPTO: Falsa a tese do MST de que ele não é alimento. A tripa que reveste salsichas e linguiças é de celulose solvente. Também usam o produto: os sorvetes, iogurtes, doces, bolos e sopas. Comparando: Os cafezais brasileiros ocupam área total de 1,82 milhão de hectares, as florestas de eucaliptos ocupam 70 milhões de hectares.
FOLCLORE: No regime militar havia vigilância contra o cinema, música e teatro. Então policiais foram destacados para prender o autor da peça em cartaz Electra, tida como subversiva. Mas os agentes retornaram frustrados ao saberem que a peça, versão da obra do grego Eurípedes, fora escrita pelo filósofo grego Sófocles, falecido 406 AC.
‘PAQUIDERME’: ‘Quanto maior o número de ministérios no governo federal, mais lentas se tornam as decisões e as ações para a resolução de um problema, o que deixa transparecer que os titulares das pastas, ou não têm autonomia, ou carecem de iniciativas…(-)…’ (Benedito Rodrigues da Costa – Economista – Campo Grande)
EL MATADOR’: O celular é pior que a bomba atômica. Matou o telefone fixo, a TV, o computador, o relógio, a câmera fotográfica, o rádio, a lanterna, o espelho, as revistas, os livros, o videogame, a carteira, o calendário de mesa, o cartão do banco, o jornal, o diálogo, os casamentos e famílias, os olhos, a coluna cervical e matará a próxima geração. Pense nisso.
PÉROLA FINAL:
Penso muito durante meus momentos de solidez. (ex-ministro Rogério Magri)