MS tem 5 espécies classificadas como criticamente em perigo; veja animais em risco

Três peixes, uma ave e um invertebrado, presentes no ecossistema de Mato Grosso do Sul, estão classificadas como Criticamente em Perigo (CR) pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A lista com todos animais ameaçados foi lançada nesta quarta-feira (2).

Estar na lista de animais classificados como “Criticamente em Perigo” é a categoria de maior risco atribuído pela Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN).

No Brasil são 364 animais classificados na faixa de “Criticamente em Perigo”, em Mato Grosso do Sul são 5 espécies incluídas na fauna regional. No estado, a arara-azul-pequena está extinta regionalmente, segundo o levantamento. Veja a lista abaixo:

  • Peixe Brycon orbignyanus;
  • Planária Girardia multidiverticulata;
  • Peixe Loricaria coximensis;
  • AveOrtalis remota;
  • Peixe – Tembeassu marauna.

 

Veja abaixo mais sobre as espécies de Mato Grosso do Sul que aparecem na lista, que pode ser acessada na íntegra por meio detse link.

Peixe piracanjuba é ameaçado . — Foto: Reprdução/Facebook
Peixe piracanjuba é ameaçado . — Foto: Reprdução/Facebook

 

Piracanjuba – Brycon orbignyanus: o nome popular do peixe é Piracanjuba. Com recorrência no Cerrado e na Mata Atlântica, o peixe tem recorrência limitada na bacia hidrográfica do rio Paraná, rio Uruguai e rio da Prata. Especialistas comentam que os fatores climáticos e ecológicos são os principais motivos para o desaparecimento da espécie.

Planária – Girardia multidiverticulata: as planárias são um tipo de verme achatada de vida livre. A espécie colocada no ranking como Criticamente em Perigo ocorre em água doce, mais especificamente em áreas de cavernas.

Peixe é uma espécie de cascudo. — Foto: UFMS/Reprodução
Peixe é uma espécie de cascudo. — Foto: UFMS/Reprodução

“Cascudo” Loricaria coximensis: o peixe é uma espécie de cascudo e ocorre apenas em um rio no mundo, o Taquari, em Mato Grosso do Sul. No estado, o peixe é ameaçado pela construção de hidrelétricas e pela pesca predatória.

Ave tem pouca recorrência. — Foto: Ciro Albano - ICMBio/Reprodução
Ave tem pouca recorrência. — Foto: Ciro Albano – ICMBio/Reprodução

Aracuã – Ortalis remota: a ave é endêmica no Brasil. De acordo com o ICMBio, em Mato Grosso do Sul houve um registro histórico da ave.Pouco se conhece sobre sua biologia. Sua população é severamente fragmentada e houve grande perda de habitat em toda sua distribuição, gerando declínio populacional. Infere-se que a população atual seja inferior a 250 indivíduos maduros e que em cada subpopulação há menos de 50 indivíduos”, explica o instituto.

Ituí-maraúna, peixe. — Foto: Aléssio Datovo/Reprodução
Ituí-maraúna, peixe. — Foto: Aléssio Datovo/Reprodução

Ituí-maraúna – Tembeassu marauna: o peixe é conhecido por ser elétrico. Em estudos, a presença da espécie tem como ocorrência os rios na divisa entre São Paulo e Mato Grosso do Sul. Esta espécie vive na calha dos rios, onde tem maior profundidade.

Plataforma de informações

 

 

O Salve foi desenvolvido por uma equipe coordenada pelo ICMBio, mas também teve o apoio do Projeto Pró-Espécies: todos contra a Extinção e a participação de especialistas da comunidade científica.

Até o momento, foram publicadas e disponibilizadas fichas de 5.513 espécies, mas a expectativa é que, até o final deste ano, a lista de espécies ameaçadas da fauna brasileira seja atualizada, e mais informações estejam acessíveis para a sociedade, já que mais de 14 mil espécies foram avaliadas pelo projeto.

Objetivo: Facilitar a gestão do processo de avaliação do risco de extinção e tornar as informações mais acessíveis, contribuindo para a geração de conhecimento e a implementação de políticas públicas voltadas à conservação da biodiversidade.

Como acessar a plataforma: O site pode ser consultado por meio desse link. A interface está disponível para especialistas, estudantes, jornalistas e todos que queiram pesquisar sobre as espécies ameaçadas.

Como é a consulta: Em um sistema de busca, basta inserir a espécie (tanto pelo nome comum quanto pelo nome científico) para obter dados como grupo, categoria, última atualização da avaliação, estados, bioma, classificação taxonômica (biológica), distribuição, história natural e população.

Por José Câmara, g1 MS