Cassilândia sempre foi um município vizinho do progresso.
A partir de 1987, quando o Chapadão do Sul tornou-se município emancipando-se de Cassilândia, o nosso município passou a ser o ponto de passagem do progresso sul-chapadense.
Centenas ou milhares de carretas e caminhões passam por aqui todos os dias, semanas, meses, ano inteiro, sendo Cassilândia usada como apenas passagem ou ponto de rápidas paradas.
O tempo foi passando e hoje Cassilândia encontra-se na mesma situação: ponto de passagem do progresso regional.
Atualmente a economia cassilandense vem recebendo ativos importantes vindos de Aporé, onde a Nardini Agroindustrial, uma empresa paulista, vem investindo cerca de R$ 800 milhões numa usina de energia limpa e renovável, e também de Inocência, onde o Grupo Arauco do Chile está investindo algo em torno de R$ 15 bilhões até os próximos anos, gerando milhares de empregos no plantio de cerca de 60 mil hectares de eucalipto.
O ocaso está salvando boa parte das empresas e serviços de Cassilândia: a falta de estrutura hoteleira, gastronomia e de serviços em Aporé e Inocência.
Como esses dois municípios não possuem uma estrutura capaz de absorver esses serviços, Cassilândia, felizmente por estar no meio do caminho de ambos, acabou se beneficiando.
Há uma luz no fim do túnel cassilandense: o investimento prometido pelo grupo espanhol Solatio Energia com um aporte aproximado de R$ 8,5 bilhões nos próximos anos em seu parque de placas de energia solar, em que boa parte da área está no município de Cassilândia.
Cassilândia carece há décadas de uma política pública de desenvolvimento, embora a Prefeitura Municipal tenha em sua estrutura administrativa um pomposo cargo voltado para o desenvolvimento local, cujos resultados tem sido pífios, insignificantes, morosos, resumindo-se ao plantio, de seringueira e soja, mas não tão significante para o cofre do município.
Mas se Cassilândia não cresce por falta de representatividade política e econômica, as cidades vizinhas estão, sem querer, ajudando a nossa economia a sair do atoleiro.
Outro atraso tem atrapalhado Cassilândia: a falta de zelo e eficácia no trato com o dinheiro público quando se percebe uma gestão municipal sem controle e sem rumo.
Até quando viveremos essa triste realidade?
Alguém se habilita a responder?
Da Redação do Cassilândia Urgente
Corino Alvarenga