A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou nesta segunda-feira (10) que o motorista preso com 542 kg de cocaína, em Canarana (MT), se trata de um policial lotado na corporação no estado de Rondônia.
O flagrante de tráfico de drogas aconteceu na última sexta-feira (7), durante uma ação da Polícia Militar (PM) de Mato Grosso. Na ocasião, um homem parou a viatura e contou aos militares que estava a caminho de Canarana quando viu uma caminhonete acidentada às margens da rodovia e duas pessoas pedindo ajuda.
Ele parou o carro para ajudar, mas um suspeito armado ordenou que fosse colocada diversas malas dentro da carroceria e que o motorista dirigisse em direção à cidade. A testemunha ainda disse ter notado que nas bagagens haviam entorpecentes e, por isso, abandonou o veículo e fugiu pela mata até encontrar uma viatura da PM.
Os militares fizeram ronda na região e encontraram o carro roubado em alta velocidade pela rodovia. Os PMs deram ordens de parada ao condutor, que foi desobedecida.
Em determinado momento, o veículo entrou em uma região de mata e um casal fugiu a pé, mas a equipe conseguiu localizar uma mulher de 26 anos. Já o motorista suspeito de tráfico foi encontrado logo depois, sendo identificado então como um PRF lotado em Rondônia.
O casal segue preso e à disposição da Justiça de Mato Grosso.
Investigação na Corregedoria
Em uma nota divulgada à imprensa nesta segunda-feira, a PRF informou que Corregedoria-Geral passou a atuar no caso logo após ser notificada sobre a prisão do PRF e que a instituição vem ‘adotando todas as medidas para efetivar a devida apuração em total cooperação com a polícia judiciária’.
“A PRF repudia todas ações contras os valores institucionais e reitera o compromisso do órgão em não aceitar qualquer desvio de conduta por parte de seus servidores, trabalhando incansavelmente para manter a confiança e a credibilidade perante a sociedade”.
O nome do policial rodoviário preso não foi divulgado. Segundo a nota, é princípio da corporação não divulgar e nem publicar dados pessoais de envolvidos em ocorrências, sejam acidentes ou ocorrências criminais.
Fonte: G1