Ex namorada e ficante premeditaram assassinato de jogador de futebol em MS

Para os investigadores da Polícia Civil, o assassinato do jogador de futebol Hugo Vinicius Skulny Pedrosa foi premeditado. A informação foi confirmada pelo delegado Marcos Werneck, da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron), em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (7).

 

 

O delegado informou que 17 pessoas foram ouvidas durante as diligências ao longo desta semana. Ao todo, seis buscas e apreensões foram realizadas. Celulares e objetos possivelmente utilizados para esquartejar o jogador estão apreendidos.

Hugo Vinicius Skulny

“Temos elementos para afirmar que se tratava de delito premeditado. Identificamos a qualificadora do discurso que dificultou no caso especificamente e tornou impossível a defesa da vítima. Identificamos a participação de Rúbia [ex-namorada de Hugo] como co-autora do crime”.

 

Ao longo da coletiva, a polícia apontou uma terceira peça ao caso, um rapaz identificado apenas como Clayton. Para a investigação, o depoimento de Clayton, que presenciou a morte de Hugo, foi primordial para a conclusão do caso.

Coletiva de imprensa foi realizada em Sete Quedas (MS). — Foto: Martim Andrada/TV Morena
Coletiva de imprensa foi realizada em Sete Quedas (MS). — Foto: Martim Andrada/TV Morena

 

 

Clayton foi quem contribuiu para que a polícia localiza-se as partes do corpo da vítima, jogadas no rio Iguatemi. O rapaz estava na casa da ex-namorada de Hugo, Rúbia Oliver, apontada como “peça-chave” do crime. Foi na casa de Rúbia onde o crime aconteceu, segundo a polícia.

“A colaboração do testemunho foi peça-chave no encontro dos restos mortais de Hugo. A partir desse momento, tínhamos a certeza de que não estávamos mais lidando com um desaparecimento, mas sim, com homicídio”, declarou o delegado.

 

A investigação apontou os seguintes crimes: ocultação de cadáver e fraude processual. “Nesse momento, temos elementos para afirmar que se tratava de delito premeditado. Identificamos a qualificadora do recurso que dificultou, no caso, especificamente, tornou impossível a defesa da vítima e identificamos a participação de Rúbia como coautora”, afirmou Werneck.

Foragido

 

Rapaz está foragido da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. — Foto: PCMS/Reprodução
Rapaz está foragido da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. — Foto: PCMS/Reprodução

 

A Polícia Civil apontou Danilo como principal suspeito de matar e esquartejar Hugo. O mandado de prisão para o suspeito foi expedido nessa quarta-feira (5).

A Delegacia de Sete Quedas disponibilizou um número de telefone para que a população faça denúncias anônimas que levem ao paradeiro do suspeito. O número para contato é o (67) 3479-1480.

A identidade do suspeito foi confirmada pela Polícia Civil. Conforme a investigação, grande quantidade de sangue foi encontrada na casa da ex-namorada de Hugo e no local onde o atleta foi esquartejado, uma fazenda às margens do rio Iguatemi.

Os vestígios de sangue foram achados durante a reprodução simulada do assassinato do jogador de futebol.

Entenda o caso

 

A ex-namorada de Hugo foi presa na terça-feira (4), pela Polícia Civil. De acordo com a investigação, o atleta foi morto na casa da ex, Rubia Joice de Oliver Luvisetto.

Segundo a Polícia Civil, Hugo ficou desaparecido por sete dias após ter ido a uma festa em Pindoty Porã, no Paraguai. “Ele já havia levado três tiros, utilizaram instrumentos para ocultação do corpo”, disse a delegada. As investigações ainda apontam que o corpo foi esquartejado em pequenos pedaços.

De acordo com advogado de defesa, Hugo e Rubia se encontraram algumas vezes depois de término. — Foto: Reprodução
De acordo com advogado de defesa, Hugo e Rubia se encontraram algumas vezes depois de término. — Foto: Reprodução

O atleta desapareceu na madrugada do dia 25 de junho. O sumiço do jovem foi registrado na segunda-feira (26), pela mãe de Hugo, Eliana Skulny.

Após sete dias de muitas buscas, partes do corpo de Hugo foi encontrado no domingo (2), no rio Iguatemi, em Sete Quedas.

Os restos mortais foram encontradas durante uma operação de força-tarefa envolvendo as polícias Civil, Militar, Corpo de Bombeiros e Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron).

O reconhecimento foi feito a partir de uma tatuagem que o Hugo tinha no braço, com o nome do pai, falecido há cerca de dois anos. As partes do corpo foram levadas para o Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL) e ainda não foram liberadas. (Por José Câmara e Rafaela Moreira, g1 MS)

Veja abaixo as fotos das perícias realizadas no carro e casa de ex namorada, além do sítio do pai de Danilo, com uso de luminol, que acusou a presença de grande quantidade de sangue. Já no dia 05/07, a Polícia Civil realizou uma reprodução simulada, com a participação de Rubia e o Clayton, que reconstituiu passo a passo de como o crime aconteceu.

Fotos Polícia Civil