De acordo com a gestora do Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari e chefe do Escritório Local de Costa Rica, Martha Gilka Gutierrez Carrijo, a ação integrada e o treinamento serão replicados, seguindo a estratégia de planejamento e preparação do Estado para evitar incêndios florestais. “A ideia é fazer um manejo integrado para diminuir a possibilidade de grandes queimadas”, disse.
Além disso, o Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema foi escolhido para uma ação inédita de manejo integrado do fogo. Com o apoio do Ibama e da UFMS, foi realizada a queimada controlada de uma área de preservação estadual, onde serão plantadas espécies nativas como parte do plano de recuperação de áreas degradadas. Essa ação piloto também serviu como treinamento para as equipes, incluindo bombeiros militares e brigadistas, que atuam em parques estaduais, municipais e terras indígenas, no combate aos incêndios florestais em todo o Estado.
As unidades de conservação são criadas com o objetivo de proteger o meio ambiente, e, por isso, tendem a possuir uma maior quantidade de matéria orgânica, que pode servir como combustível para as queimadas. Portanto, é fundamental realizar ações de prevenção e preparação, como a queima controlada, para evitar incêndios florestais de grandes proporções e mitigar possíveis prejuízos ambientais.
As ações de prevenção de incêndios florestais se mostram cada vez mais necessárias, principalmente diante do aumento do desmatamento e das mudanças climáticas. A integração entre órgãos governamentais, como o Corpo de Bombeiros Militar e o Imasul, e instituições de pesquisa, como a UFMS, é fundamental para garantir o sucesso dessas ações e a proteção do meio ambiente.
Conhecendo o Parque
O Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari é uma área protegida localizada no estado de Mato Grosso do Sul, Brasil. O parque abrange uma área de 30.618 hectares, protegendo as nascentes do Rio Taquari, que é um importante afluente do Rio Paraguai. Foi criado em 1999 e partiu da iniciativa da comunidade de Costa Rica para proteção das nascentes do, preocupada com a acelerada degradação dos rios que formam a Bacia Hidrográfica, uma das mais importantes do Pantanal.
A Unidade de Conservação abrange partes dos municípios de Alcinópolis e Costa Rica e possui 30.618 hectares no total, formando um importante corredor ecológico entre cerrado e Pantanal. Dessa área, 6,6 mil hectares precisam ser recuperados e 24 mil hectares estão cobertas com vegetação nativa. É uma região de grande beleza cênica, incluindo matas ciliares, cerrados, campos e cursos d’água.
O parque também possui uma rica biodiversidade, com muitas espécies de animais e plantas, algumas das quais são ameaçadas de extinção. O parque é aberto ao público e oferece diversas atividades, como trilhas, observação da fauna e flora, e educação ambiental. Além do tesouro biológico que o Parque guarda, estão ali também importantes sítios arqueológicos que registram vestígios de Peabiru, antigas rotas dos povos originários datadas de 11 mil anos atrás e ainda inscrições em cavernas, pinturas rupestres e petróglifos de antigas fases da ocupação humana na região.