A superlotação na Santa Casa continua e pacientes e seus acompanhantes sentem cada vez mais o peso de não ter espaço mínimo para atendimento de saúde. No Pronto Socorro do hospital, a aposentada Juliana Olmedo, de 39 anos (aposentadoria por invalidez) acompanha o pai, que teve um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e denuncia pacientes sendo medicados nas cadeiras.
Imagens enviadas por ela mostram um paciente jovem tomando soro enquanto está deitado sobre três cadeiras de plástico e junto ao suporte de soro. A mesma imagem mostra pacientes em macas, quase no chão. “Acabaram as macas. Pacientes estão em cadeiras de rodas e deitados em cadeiras”, lamentou Juliana.
Dados do hospital mostravam 72 pacientes sendo atendidos no no Pronto Socorro esta manhã, sendo 18 na área vermelha e 54 na verde.
O caos na Santa Casa não cessa e o próprio hospital já o avalia como crônico. Ontem, os sete neurocirurgiões de lá encaminharam carta aberta informando que devem encerrar as atividades por conta dos baixos salários e de “esgotamento profundo”.
Na ocasião, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que a negociação salarial é demanda específica do hospital com seus colaboradores e que atualmente, o município não tem nenhuma pendência financeira com a Santa Casa, inclusive, repasse mensal tendo aumentado para R$ 26 milhões.
“Por fim, a Sesau reitera que sempre se manteve aberta ao diálogo com o hospital e está à disposição para eventuais discussões em relação aos atendimentos prestados para que a população não seja prejudicada em razão de um eventual desacordo entre o hospital e seus colaboradores”, termina a nota.
Por Lucia Morel – CAMPO GRANDE NEWS