Após assistirem a palestra alunas denunciam que teriam sido abusadas por professor em Goiás

Uma palestra em uma escola estadual de Gouvelândia, no sudoeste goiano, sobre violência sexual infantil, levou alunas a denunciarem um professor por importunação sexual. Segundo a delegada Simone Casemiro, as meninas contaram que os abusos ocorriam há cerca de um ano. A Polícia investiga o caso.

Como o nome do professor não foi divulgado, o g1 não conseguiu localizar a defesa dele para que se posicionasse até a última atualização desta reportagem.

A apresentação foi realizada na última quarta-feira (17). De acordo com a delegada Simone, durante a palestra, uma das vítimas relatou os abusos e então outras adolescentes também se pronunciaram sobre os crimes sofridos durante as aulas.

“Ele passava a mão pelo corpo das vítimas em tom de brincadeira, coisas neste sentido. Ele já praticava essas condutas há bastante tempo”, explicou Simone.

 

Até a última quinta-feira (18), mais de 20 alunas denunciaram o professor. Conforme a Polícia Civil, as vítimas possuem idades entre 13 e 14 anos.

Já foi denunciado

 

 

A conselheira tutelar do município, Kelly Silva Pereira, afirmou que o professor já havia sido denunciado pelo crime no órgão há cerca de um ano e que estava próximo de se aposentar. Ela afirma ainda que a escola tinha conhecimento da prática.

“Tem uma ocorrência de um ano feita por duas conselheiras antigas que relataram o sobre o assunto. A escola sabia, agora a subsecretária não tinha sido informada”, concluiu.

 

O g1 entrou em contato, na quinta-feira (18), a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) por e-mail para saber se o professor foi afastado, mas o questionamento não foi respondido. Neste sábado (20), o g1 procurou novamente a Seduc por e-mail e aguarda retorno.

O g1 também tentou contato com a escola por ligação, mas a unidade de ensino não atendeu.

Fachada da delegacia de Quirinópolis, responsável pela investigação - Goiás  — Foto: Reprodução/Polícia Civil
Fachada da delegacia de Quirinópolis, responsável pela investigação – Goiás — Foto: Reprodução/Polícia Civ

 

 

Por Júlia Alves, g1 Goiás