A Polícia Civil de Mato Grosso montou nesta semana uma força-tarefa para retirada de várias partes de carretas e caminhões encontradas em uma área de mata fechada, na Fazenda Santo Antônio, no município de União do Sul (MT), durante investigações da Delegacia Sinop, que deflagrou a operação “Tatu-Canastra”. A quadrilha que age em Mato Grosso, com ramificações no Paraná, Pará e Mato Grosso do Sul, é investigada há meses pelo roubo de caminhões em rodovias no Norte do Estado.
Desde a última quinta-feira (16), equipe de 12 de policiais civis, cinco mateiros, dois mecânicos e dois peritos trabalha na retirada dos veículos até agora localizados, enterrados ou escondidos em meio a mata fechada. No local, foram apreendidos 1 bitrem, um tanque de combustível, 1 tanque bitem de 9 eixos, 1 caçamba, 1 trator, 1 munck, e a parte traseira de um caminhão Julieta, usado para transportar madeira.
Segundo o delegado regional de Sinop, José Abdias Dantas, a organização atua no roubo, furto e adulteração de veículos desde a década de 90. “Seus integrantes já foram presos várias vezes e a quadrilha sempre se regenera”, explicou.
A Fazenda Santo Antônio matinha o ‘cemitério’ usado para enterrar ou esconder parte de veículos roubados em várias regiões do Estado. De acordo com as investigações, a quadrilha vendia o cavalo mecânico dos caminhões e carretas e enterrava a parte que não seria revendida ou escondia em meio a mata todo o veículo, para adulteração dos sinais e posterior repasse a receptadores.
A fazenda fica a 30 quilômetros da cidade de União do Sul e pertence a Toninho Sassi, que está foragido. No local, os policiais prenderam a mulher, a filha dele e o caseiro da propriedade pelos crimes de receptação, adulteração de sinais identificadores e posse ilegal de arma de fogo.
O tanque de um caminhão enterrado na propriedade foi roubado em Cuiabá no dia 28 de novembro de 2014. A vítima de outro veículo foi identificada em Campo Verde. “Estamos trabalhando para identificar os verdadeiros donos desses veículos”, afirmou o delegado José Abdias Dantas.
Escrito por Correio do Estado