Os dois homens que foram presos com armas em abordagem em frente ao Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, presídio que fica na área rural de Campo Grande, na manhã desta segunda-feira (17), iriam matar um desafeto da facção rival. Outros dois rapazes conseguiram fugir e são procurados pela polícia. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados pela polícia.
Segundo o delegado Guilherme Scucuglia, do Garras (Delegacia Especializada Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), inicialmente foi considerada uma possível invasão na penitenciária, mas após a prisão dos dois suspeitos foi descoberto que a intenção do grupo era matar um desafeto, inimigo de facção, que provavelmente sairia para trabalhar.
Ainda conforme o delegado, o condutor do carro é motorista de aplicativo, tudo indica que ele tinha pleno conhecimento da ação criminosa, que foi combinada anteriormente entre o grupo. Os quatro suspeitos ocupavam um Hyundai HB20, de cor cinza, que estava parado em frente ao presídio.
Como a situação era suspeita, eles foram abordados e assim que os policiais fizeram vistoria, flagraram várias armas no chão do carro. Dois foram presos, mas os outros dois conseguiram fugir pela mata. “O fato é que a princípio o número de ocupantes era o mesmo de armas, mas a participação de cada um será apurada durante a investigação”, disse o delegado. O caso segue sob investigação do Garras.
Os dois presos serão autuados por porte ilegal de arma de fogo e por associação criminosa. Eles passarão por audiência de custódia amanhã na Justiça. Conforme Amílton Ferreira de Almeida, advogado de defesa, os dois vão esclarecer os fatos somente em juízo.
As facções que atuam no Mato Grosso Sul, PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho), são inimigas e têm origem distintas: o PCC veio dos presídios de São Paulo e o CV das penitenciárias do Rio de Janeiro.
Por Viviane Oliveira e Bruna Marques – CAMPO GRANDE NEWS