O pequeno Valentim Angel Santos Amorim, filho da mamãe Luana Santos Morel e Rogerio Amorim, chegou ao mundo de uma forma única, nascendo empelicado na maternidade da Fundação Hospitalar de Costa Rica (MS).
“No momento em que vimos que o bebê nasceria empelicado, todos que estavam na sala ficaram muito empolgados, porque há muito tempo esperamos ver um parto empelicado, mas nunca aconteceu. Sempre acontecia de começar a nascer empelicado, mas em seguida, havia o rompimento da bolsa”, disse a enfermeira coordenadora do Centro Cirúrgico, Ketly Kalielly Silvéria Felix.
“Eu, particularmente, sempre quis ver um parto assim, e nesse dia como profissional, fiquei muito feliz. É um momento lindo o nascimento de um bebê e vê-lo ainda dentro da bolsa amniótica é sentir como Deus é perfeito em tudo que faz, foi um momento lindo, todos que estavam na sala ficaram emocionados. É um misto de sentimentos, vivemos aquele momento junto com o pai que também acompanhava e ficou muito emocionado”, completou Ketly.
A doutora Talita Franco Pasquantonio, Ginecologista e Obstetra explica que a situação acontece quando o recém-nascido sai da barriga da mãe ainda coberto pela bolsa amniótica.
“O parto é considerado muito raro – cerca de um a cada 80 mil acontece dessa forma. Na cesariana, este é um procedimento controlado, ou seja, a gente faz ele acontecer. Em alguns momentos nós tentamos tirar o bebê junto com a bolsa. Esse procedimento é principalmente indicado de ser feito quando a mãe tem algum problema infeccioso que possa passar para a criança, então é o ideal que nasça dessa forma. Mas é difícil de controlar, normalmente a bolsa rompe sozinha, então, é verdadeiro feito. No parto vaginal também, se você percebe que o bebê está vindo e a bolsa não estourou, a chance dele nascer com ela existe também”, explica Dra Talita.
“É um momento muito bonito de se ver, porque quando você coloca o bebê sobre a mãe na cesárea, e ele ainda está dentro da bolsa, a maioria deles permanece quietinho e dormindo. E aí, quando a gente rompe essa bolsa, é como se ele despertasse aqui fora. É muito bacana você ver a vida surgindo ali”, relata a médica.
Inédito em Costa Rica, esse foi o primeiro parto empelicado de gestação única da médica Talita Franco Pasquantonio. Com mais de mil partos realizados em toda sua carreira, a doutora conta que chegou em Costa Rica em 21 de julho de 2022 e já foram, desde então, cerca de 155 partos.
Valentim nasceu no dia 6 deste mês, na Fundação Hospitalar de Costa Rica. Os pais são do município de Figueirão (MS) – há cerca de 60 km de distância de Costa Rica.
Luana conta que é mãe de outros dois filhos, David Rangel e Roger Gabriel. Ainda muito encantada com o parto, Luana disse que apenas o pequeno Valentim nasceu empelicado.
Segundo especialistas, o nascimento de um bebê empelicado é considerado raro no mundo da obstetrícia, já que o saco gestacional costuma estourar quando o bebê está prestes a nascer.
Apesar disso, quando esta bolsa não se rompe, acontece o chamado parto empelicado, que não oferece risco para mãe ou para o bebê.
Fonte: MS Todo Dia