O projeto Trilha Rupestre é um programa institucional da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), com o objetivo de promover o fortalecimento cultural e socioeconômico entre as cidade de Mato Grosso do Sul que possuem sítios arqueológicos com arte rupestre e registros paleontológicos no corredor ecológico cerrado-pantanal.
A equipe multidisciplinar da UFMS, do projeto Trilha Rupestre, percorreu algumas das cidades que integram o Cointa (Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia Hidrográfica do rio Taquari). São elas: Rio Negro, Rio Verde de Mato Grosso e Alcinópolis.
Juntamente com a equipe do programa “Mais Natureza”, da TV Morena, pesquisadores estiveram nos municípios da região norte para evidenciar a importância e as oportunidades geradas com a bioeconomia e a sustentabilidade, a partir das riquezas do Cerrado. O Prefeito de Rio Verde, Réus Fornari, também acompanhou a visita.
A bioeconomia é a ciência que estuda os sistemas biológicos e recursos naturais, aliados à utilização de novas tecnologias com propósitos de criar produtos e serviços mais sustentáveis. Ela está presente na produção de vacinas, óleos essenciais, alimentos, enzimas industriais, novas variedades vegetais, biocombustíveis, cosméticos entre outros.
Já em Rio Verde de Mato Grosso, os pesquisadores conheceram um morador da cidade que encontrou alguns fósseis e também levou todos para conhecerem uma caverna. Ainda em Rio Verde, a equipe visitou um hotel que tem fósseis em sua escadaria, e seguiram para a Fazenda Igrejinha, onde existem sítios arqueológicos.
A produção cerâmica e a inspiração das pinturas rupestres para a produção das peças também foi destaque durante a expedição. Alcinópolis, que tem um grande potencial arqueológico, foi a última cidade visitada.
“O Cointa é um órgão muito importante para o projeto Trilha Rupestre, porque em cooperação com a UFMS, realiza levantamentos de demandas para saber, por exemplo, qual região produz mais plantas e frutos do cerrado-pantanal, qual região tem mais registros de arqueologia, qual região trabalha mais com a cerâmica”, ressalta o presidente do Cointa, Enelto Ramos da Silva (prefeito de Sonora).
Com esses dados em mãos, será possível fomentar a economia de forma sustentável, preparando e capacitando a comunidade local para o desenvolvimento sustentável e assim, gerar a circulação de renda por meio da bioeconomia.
A coordenadora do programa Trilha Rupestre e diretora de popularização da Ciência da UFMS, Lia Brambilla, ressaltou que essa é a oportunidade de integrar os estudos desenvolvidos pela universidade com a comunidade local, ativando assim a bioeconomia com produtos regionais capazes de expressar a história dos povos que por aqui viveram. “Vale destacar que o projeto foi dividido em seis eixos, para que seja possível explorar cada região, fornecer formação às pessoas, para que elas produzam produtos com o selo da rota, com a qualidade dos pesquisadores da UFMS. A UFMS produz muitas pesquisas voltadas para o Estado e está engajada na popularização científica”, disse.
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