Trabalhador rural sobrevive após ser atacado por onça em fazenda de Goiás
Celso dos Santos Nascimento, de 42 anos, sofreu lesões no fêmur e em um dos testículos. Ele foi atacado por uma onça preta próximo a casa onde mora, em Turvânia.
Um caseiro de 42 anos foi atacado por uma onça preta, também conhecida como pantera, enquanto voltava para casa a pé depois do trabalho, em Turvânia, na região central de Goiás. Segundo Celso dos Santos Nascimento, ele estava próximo à residência quando, por volta das 19h, o animal saiu do meio da vegetação e o atacou, no último domingo (5). A vítima havia acabado de jantar na sede da fazenda e estava indo para casa para dormir.
O caseiro conta que devido a força do animal, ele acabou caindo no chão durante o ataque, sendo mordido e pressionado pela onça. Buscando se livrar do felino, Celso começou a gritar por socorro, momento em que a onça o soltou e fugiu para um córrego.
“Me deu o bolo e me mordeu em dois lugares. Fiquei com bastante medo, mas se gritar ela assusta, foge. Já tem mais de 30 anos que trabalho como caseiro, mas nunca passei por algo assim. Já tinha visto ela antes, mas não achei que fosse me atacar”, explicou.
Celso conta que o animal costuma atacar galinhas de uma fazenda vizinha, mas que até aquele momento não havia atacado seres humanos. Ele afirma que não tem medo de voltar a trabalhar na fazenda e que o animal agiu por instinto.
“Depois que ela fugiu eu voltei para a sede para contar aos filhos do meu patrão o que havia acontecido, eles ligaram para o pai deles que buscou um carro e me levou para o hospital da cidade”, disse.
Vítima sofreu ferimentos
O caseiro teve alguns ferimentos pelo corpo, principalmente no fêmur e em um dos testículos, que foi rasgado durante o ataque, conforme a enfermeira e coordenadora do Hospital de Turvânia, Rosilene Vieira de Araújo.
Ainda de acordo com a profissional de saúde, Celso continua internado no hospital, onde se recuperava do ataque. Ele afirma que esse foi o primeiro caso registrado no hospital.
“Ele chegou aqui com as roupas rasgadas, mas não corre risco de vida e também não ficará com sequelas”, concluiu.
Por Pedro Moura, g1 Goiás