De acordo com informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica, a tendência é de que os preços do milho sigam em alta no futuro. “Mesmo com esta lentidão verificada no momento na comercialização do milho, mesmo com estoques um pouco maiores, o milho mantém tendência de alta a médio e longo prazos, dada a demanda refreada para a exportação para a China, não apenas do grão em si, mas, também das carnes de frango e suíno, que aumentam a demanda interna. O Brasil acaba de passar os EUA como maior exportador mundial de milho, em janeiro e deve manter esta posição daqui para frente, distanciando-se mais ainda”, comenta.
Os fatores de alta do milho, citados pela TF, são a redução da produção mundial e os problemas na Argentina e no Brasil. “Segundo o último relatório do USDA a produção mundial recuou em 4,57 T e o estoque final global em 1,14 milhões de toneladas”, completa.
“Mas, se olharmos mais detalhadamente, a Argentina deverá ter uma redução de 5,0MT em relação à estimativa de janeiro e o Brasil deverá ter uma safra 9,0 MT a mais do que a safra anterior. Isto significa que os compradores de milho argentino poderão se deslocar para o Brasil nesta temporada, aumentando um pouco a demanda brasileira. O próprio USDA parece confirmar isto, reduzindo as exportações argentinas em 3 MT e aumentando a exportação brasileira em 3,0 MT no seu relatório de fevereiro”, indica.
Os fatores de baixa são destacados como a lucratividade baixa, retração das vendas dos agricultores, a demanda chinesa e lenta e os altos destaques no Brasil. “Como já mencionamos na semana passada a lucratividade do milho está muito baixa, neste momento. Para um custo de produção da Segunda Safra, estimado pelo Deral em R$ 76,85/saca o preço recebido pelos agricultores no Paraná está em média R$ 75/saca, como mostra nossa tabela acima, consolidando um prejuízo de 2,41%, neste momento”, conclui.
Por: Agrolink –Leonardo Gottems